O prefeito Alexandre Kalil (PSD) assegurou, nesta quinta-feira (18), por tempo indeterminado o funcionamento do projeto Canto da Rua, que atende pessoas em situação de rua na capital. A iniciativa, administrada inicialmente pela Pastoral da Rua, ligada à Arquidiocese de Belo Horizonte, surgiu como uma ação emergencial no início da pandemia. Até então contando com o apoio do Governo de Minas, que cedia o espaço na Serralheria Souza Pinto, desde dezembro o custeio passou a ser feito pela PBH.
Em reunião com o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Gilson Soares Lemes, Kalil se comprometeu ainda a criar um novo espaço para acolhimento de 1.200 pessoas em situação de rua na cidade. "Nós vamos continuar o serviço que assumimos. Estamos vendo que até março não vai dar e alguém tem que custear aquilo. Vamos assumir até que essa pandemia passe”, afirmou o prefeito da capital.
De acordo com Kalil, a iniciativa vai custar R$ 700 mil por mês aos cofres da prefeitura. "O que a prefeitura puder fazer, apesar da maioria dos moradores de rua serem do interior, ela vai fazer. É um dinheiro que não irá atrapalhar a prefeitura", completou.
Segundo o desembargador Gilson Soares Lemes, até que o novo espaço seja criado, a prefeitura irá continuar dando o suporte ao projeto. "Existe uma promessa do prefeito que ninguém fique desabrigado até que um novo centro de abrigamento esteja pronto. A ideia é que um próprio albergue da prefeitura, que já tem 400 pessoas, seja ampliado", explicou.
De acordo com o Cadastro Único, Belo Horizonte tem atualmente 4.553 moradores em situação de rua.