Prevenção inusitada

Lagoa Santa usa cartazes com cadáveres e caixões para conscientizar sobre Covid

Mais de 1000 cartazes estão sendo afixados na cidade para chamar a atenção da população sobre a doença

Por Daniele Franco
Publicado em 12 de agosto de 2020 | 19:35
 
 
 
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Moradores de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, se depararam nesta quarta-feira (12) com cartazes inusitados incentivando a prevenção contra a Covid-19 na cidade. A prefeitura está afixando o material com imagens duras, como caixões e cadáveres, no intuito de chocar a população e alertar sobre a gravidade da doença. Frases como "Covid mata - Senão usar a máscara, você pode ser a próxima vítima!", "Covid mata - Não seja irresponsável, respeite a vida!" podem ser lidas junto das imagens.

Em nota enviada à imprensa, a administração municipal relatou que houve um choque por uma parte da população, já que as imagens e textos são fortes. "O nosso objetivo é realmente causar este estranhamento e, sobretudo, que as pessoas que já cumprem as medidas sanitárias tornem-se multiplicadoras da campanha. Por outro lado, aquelas que insistem em desrespeitar as medidas sanitárias tendem a ficar com certo complexo de culpa", acrescentou o comunicado.

As mais de 1000 placas estão sendo afixadas em ruas e avenidas com grande circulação de pessoas, a fim de mobilizar o maior número possível de moradores na campanha contra a pandemia e trabalhar na população o que a prefeitura chamou de "sentimento de responsabilidade das pessoas".

Segundo o boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) desta quarta-feira (12), o município de Lagoa Santa tem 368 casos confirmados e 7 óbitos por Covid-19. Os dados da administração municipal, no entanto, apontam 376 casos e 5 óbitos pela doença.

A prefeitura da cidade destacou que foi a primeira no Estado a adotar ao uso obrigatório de máscaras, exigir a utilização de tapetes sanitizantes nos comércios e proibir festas, confraternizações com aglomeração em casas, sítios e condomínios, instituindo multa de ate R$ 132 mil para quem descumprir a legislação.

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