A Polícia Civil (PCMG) indiciou um homem, de 40 anos, maestro de um coral infanto-juvenil, por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude cometidos em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, nesta sexta-feira (23 de fevereiro). As vítimas faziam parte do grupo musical, que é tradicional na Vesperata - concerto no qual os músicos se apresentam nas sacadas dos prédios históricos e são regidos pelos maestros, que ficam nas ruas da cidade.

As investigações começaram em 22 de novembro, quando o caso foi denunciado à polícia. A vítima seria uma adolescente de apenas 13 anos. Na mesma data, o homem foi conduzido para a delegacia, onde prestou depoimento. Após a oitiva, o suspeito teve o pedido de prisão em flagrante ratificado por estupro de vulnerável. Ele foi encaminhado para o sistema prisional.

Um dia após a prisão, o maestro foi solto. Ele teve o alvará de soltura expedido pela Justiça, que considerou os supostos fatos praticados pelo homem como graves, mas não considerou que a “prisão preventiva do flagrado seja estritamente necessária”.

Segundo a PCMG, após as investigações, que duraram três meses, a polícia constatou indícios do crime. O homem foi indiciado por quatro crimes: dois estupros de vulnerável e duas violações sexuais mediante fraude.  A PCMG não informou se solicitou a prisão preventiva do suspeito.

Exoneração 

Horas após a prisão do suspeito, um decreto determinando a exoneração do servidor foi publicado. O documento foi assinado pelo prefeito de Diamantina, Juscelino Brasiliano Roque. 

Após a prisão do suspeito, as atividades da escola de música, que pertence à prefeitura da cidade, também foram suspensas por tempo indeterminado. Em comunicado enviado aos pais e responsáveis, a coordenação da escola informou sobre a suspensão das atividades da banda, sem detalhar o motivo. A direção pediu ainda que os alunos aproveitem o tempo para “estudar, praticar e aprimorar os seus conhecimentos musicais”, e agradeceu a “compreensão e o apoio de todos”.