Em Belo Horizonte

Mais dois suspeitos de participação em assassinato de dentista são presos

Dois homens que teriam participado do homicídio de Adriana Duarte de Oliveira, encontrada carbonizada em Ribeirão das Neves em novembro do ano passado, foram detidos pela Policia Civil nesta quarta-feira (02).

Por Pedro Nascimento
Publicado em 02 de fevereiro de 2022 | 12:29
 
 
 
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A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira (02) dois suspeitos que teriam participado do assassinato da dentista Adriana Duarte Oliveira, de 46 anos, que foi encontrada carbonizada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em novembro do ano passado. O crime, segundo as investigações, estaria ligado a um desacerto envolvendo uma obra da dentista no município de Itambé do Mato Dentro, região Central de Minas Gerais. Ao todo, quatro pessoas já foram presas suspeitas de participação no crime.

Segundo o delegado Fábio Werneck Neto, os suspeitos detidos nesta fase da investigação possuem 43 e 44 anos. Um deles era o empreiteiro contratado pela dentista para realização da obra e o outro trabalhava na construção como pedreiro. Eles foram presos nos bairros Jardim dos Comerciários e Conjunto Califórnia.

Para o delegado, a motivação do crime ainda precisa ser esclarecida. No entanto, a principal suspeita é de que algum tipo de desentendimento envolvendo a contratação da obra tenha sido o gatilho para o assassinato de Adriana. “A nossa hipótese é de um desentendimento negocial. A partir daí, se teve também um interesse em furtar os pertences da vítima, me parece que foi um plus. O gatilho do homicídio foi esse desentendimento”, explica.

Ainda de acordo com a investigação, um dos pontos que reforça essa teoria é o fato de que Adriana estaria cobrando comprovantes de compra que eram realizadas enquanto os pedreiros estavam em Itambé do Mato Dentro. “O que sabemos é que eles viajavam para a obra, ficavam 10 dias por lá e depois voltavam para BH. Nesse período em que estavam viajando, todos os custos eram bancados pela vítima”, explica o delegado.

Defesa se manifesta

As advogadas de defesa do empreiteiro, Támita Tavares e Fernanda Lorenzo, esclareceram em nota "que acreditam fielmente na inocência do seu cliente, que será comprovada no decorrer do inquérito".  

Informam ainda que "a família vem sendo perseguida, tendo em vista a repercussão do caso, gerando grandes transtornos". Eles também pedem "que deixem a família dele isenta de qualquer pré-julgamento" e que a família acredita na inocência do suspeito.

Relembre

Adriana foi dada como desaparecida no dia 25 de novembro. Na noite seguinte, o corpo dela foi localizado carbonizado em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No apartamento onde ela morava, os objetos estavam revirados e a família chegou a dar falta de bens que estavam dentro de um cofre.

O carro da vítima, que também foi levado, havia sido localizado em outro ponto de Ribeirão das Neves. Dois suspeitos de abandonarem o veículo, mãe (43) e filho (23), foram presos em dezembro do ano passado. Conforme as investigações, o jovem também trabalhava na obra e a digital dele foi encontrada no apartamento da vítima.

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