Praça da Liberdade

Manifestação em BH pede punição aos responsáveis pela tragédia

Grupo, que se reúne em frente Memorial Minas Gerais Vale, acusa a mineradora de assassina; trânsito na região é lento

Por Clarisse Souza
Publicado em 31 de janeiro de 2019 | 18:24
 
 
 
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Centenas de manifestantes se reúnem desde o fim da tarde desta quinta-feira (31) em frente ao Memorial Minas Gerais Vale, na praça da Liberdade, região Centro-Sul de Belo Horizonte, em protesto contra a Vale, empresa responsável pela barragem I da mina Córrego do Feijão,  que se rompeu na última sexta-feira (25) em Brumadinho, na região metropolitana da capital. 

Segundo os participantes, o objetivo da manifestação é demonstrar apoio aos atingidos e cobrar punição aos responsáveis pela tragédia. Em cartazes, o grupo acusa a mineradora de "assassina" e  denúncia o que os manifestantes chamam de "massacre em Brumadinho".

Em homenagem às vítimas já identificadas, os manifestantes acenderam velas e se deitaram em frente ao museu, em referência a cada corpo retirado da lama desde a tragédia. Cada pessoa que participou da cena carregava o nome de uma das pessoas mortas .

"Há tempos temos visto esse tipo de agressão às pequenas comunidades", criticou a psicóloga Deise Xavier, de 63 anos, que soube do ato pelas redes sociais. A manifestante chama de crime o rompimento da barragem e teme que as vítimas fiquem sem amparo. "Vim como cidadã para apoiar essas comunidades, porque sei que elas serão abandonadas, como sempre são",  afirmou. 

O professor Antônio Rodrigues de Souza, de 58 anos, saiu de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, para acompanhar o protesto. "A população está indignada com essa situação,  então viemos fazer essa denúncia", justificou. 

Um carro de som é usado durante o ato. Integrantes de uma comunidade de assentados do Movimento Sem Terra (MST) que vive às margens do rio Paraopeba falaram aos manifestantes sobre a chegada da lama ao curso d'água e os impactos pata os ribeirinhos. 

Os manifestantes fecharam a rua em frente ao museu por volta de 17h45. A Polícia Militar (PM) acompanha o ato, que provoca lentidão no trânsito no entorno da praça da Liberdade

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