Memorando sobre adequação de gastos causa medo em servidores

Um memorando sobre uma Proposta de Adequação de Gastos enviado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) aos hospitais da rede nos últimos dias causou medo nos funcionários.

Isso porque segundo Neusa Freitas, diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Saúde (Sind-Saúde/MG), o documento prevê a demissão de todos os vigilantes que atuam nos hospitais da rede, dispensa de 30% dos trabalhadores da portaria e da limpeza, e redução na alimentação dos funcionários.

Por meio de nota, a Fhemig alegou que "racionalização de gastos visa reduzir gastos para garantir a assistência à saúde". A estimativa é que ocorra uma economia de até 10% nos gastos de custeio.

Sobre as demissões, a fundação nega que elas ocorram e diz que esses funcionários trabalham para empresas terceirizadas.

"O sindicato não tomou conhecimento do memorando. Ficamos sabendo só quando o documento chegou para os hospitais. O que nos deixou revoltados é que os cortes são apenas em cima do trabalhador. No memorando não cita redução, por exemplo, dos cargos comissionados da Secretaria", explicou Neusa. 

O sindicato ainda afirma que com a demissão dos vigilantes, além dos pacientes, trabalhadores não terão segurança nesses hospitais. "Já tivemos casos de agressões graves contra o corpo clínico de alguns hospitais da rede e é impossível trabalhar sem segurança. Não vamos admitir isso", declarou Neusa.

Manifestação. Na próxima segunda (31), uma manifestação será realizada na porta da Fhemig, no centro de Belo Horizonte. Os trabalhadores pretendem exigir a retirada do memorando. Caso contrário, uma greve dos servidores da Fhemig não está descartada.

Rede. Atualmente, 12,2 mil servidores atuam na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), divididos nos 20 hospitais gerenciados pela rede no Estados.