Em Luisburgo

Menino de 2 anos com síndrome de down leva 23 mordidas em creche de Minas

As lesões teriam sido provocadas por uma outra criança que tem costume de morder e com quem a vítima dormia sozinha em um cômodo da creche

Por Natália Oliveira
Publicado em 02 de março de 2023 | 15:26
 
 
 
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Um menino de 2 anos de idade que tem síndrome de down voltou de uma creche de Luisburgo, no Leste de Minas Gerais, com 23 mordidas em todo corpo. As lesões teriam sido provocadas por uma outra criança que tem costume de morder e com quem a vítima dormia sozinha em um cômodo da creche. 

A mãe da criança contou que ficou apavorada ao ver as lesões espalhadas por todo o corpo do filho, inclusive no rosto. "Me ligaram da creche e falaram que meu filho tinha machucado e que era para eu ir para lá. Saí do trabalho e chegando lá me colocaram em uma sala e falaram que meu filho tinha machucado, quando eu vi o corpo dele eu entrei em desespero", conta a autônoma Maria Aparecida da Silva. 

Na versão dela, os responsáveis pela creche disseram que o menino dormia sozinho em um cômodo com outra criança que tinha costume de morder. Foi a faxineira da creche que viu a vítima sendo machucada e chamou os responsáveis pelo local. O caso ocorreu nesta terça-feira (28 de fevereiro) e ganhou repercussão nesta quinta-feira (2 de março) após a mãe se revoltar com a situação e postar em suas redes sociais. 

"Eu a levei na pediatra, e ela disse que meu filho tinha 23 mordidas. Apesar das lesões, ele não teve nada de mais grave. Entretanto, ele está sentido muita dor". O corpo do menino tem marcas de mordidas e roxos por toda a parte.

O filho estava frequentando a creche há uma semana. O Conselho Tutelar da cidade foi acionado para acompanhar o caso. A Polícia Civil informou que "assim que tomou conhecimento dos fatos registrados nesta quarta-feira (1/3),  instaurou procedimento policial para apurar se ocorreu alguma negligência por parte das responsáveis pelos cuidados e vigilância do menor. As primeiras diligências estão sendo realizadas. A PCMG esclarece que uma equipe, composta por investigadores e perito oficial, deslocou ao local dos fatos para recolher informações que possam elucidar o caso". 

O que diz a prefeitura

A creche pertence à prefeitura da cidade. Por nota, o Executivo se desculpou com o aluno e com a família dele e disse que vai dar todo o apoio médico e psicológico para o menino. A prefeitura informou ainda que está apurando os fatos e possíveis responsabilidades e que está a disposição dos orgãos de segurança para dar esclarecimentos sobre o ocorrido.

"No mais, reconhecemos que o infeliz fato ocorrido entre crianças indica que existem eventos pontuais que podemos e devemos melhorar para a segurança de nossas crianças. Inclusive, uma das medidas que serão adotadas é a instalação de câmeras na unidade de ensino. Assim, agora, dirigindo aos estimados pais de nossos alunos, pedimos que mantenham a confiança em nosso trabalho, que sempre busca melhorar a educação e o bem-estar dos nossos pequenininhos", escreveu a prefeitura. 
 

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