Em assembleia promovida na noite desta quarta-feira (27) na praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte, os trabalhadores do metrô decidiram manter por tempo indeterminado a greve, que já chega ao seu 38º dia. A categoria cobra informações sobre os empregos dos 1.500 servidores concursados após a privatização do serviço, que já está em curso. 

Desde o dia 21 de março o transporte está operando em horário reduzido, fora do pico, entre 10h e 17h. Com isso, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cerca de 70 mil passageiros são afetados diariamente. 

Além da manutenção da greve, os metroviários também definiram que participarão no próximo domingo (1º), de uma manifestação marcada para acontecer na praça Afonso Arinos, no Cento de BH. 

Segundo um servidor que não será identificado, a greve está surtindo efeito, já que uma negociação sobre a situação dos trabalhadores será agendada, provavelmente, para a próxima semana. "Será apresentado o contexto do passivo, para sensibilizar representantes do Ministério da Economia", explicou. 

A reportagem procurou a CBTU, que informou que só se manifestará sobre a manutenção do movimento grevista na quinta-feira (28).