Protestos

Moradores de Ribeirão das Neves contabilizam prejuízos depois de um dia de manifestação

Lojas, carros e até o prédio da Câmara Municipal foram alvo das ações de violência, que também deixaram três policiais militares feridos

Por Ricardo Vasconcelos
Publicado em 22 de junho de 2013 | 17:22
 
 
 
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Depois de uma noite de protestos e várias ações de vandalismo, moradores e comerciantes de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, passaram a manhã deste sábado (22) contabilizando os prejuízos. Lojas, carros e até o prédio da Câmara Municipal foram alvo das ações de violência, que também deixaram três policiais militares feridos.
 
A entrada do prédio do legislativo teve as portas de vidro quedras por pedras. Estilhaços ficaram espalhados por toda parte. Depois de invadir o local, os vandalos ainda quebraram as divisorias dos gabinetes e roubaram um bebedouro e o monitor de um computador. Trabalhando há 18 anos na Câmara, o segurança Laecio Rocha de Freitas, de 47 anos, estava assustado com o tamanho do estrago.
 
Eram pelo menos 1 mil pessoas enfurecidas. Nunca havia visto isso antes aqui. Sou favorável às reivindicações, mas sou contra o vandalismo”, afirmou. Segundo ele, com a destruição, não foi informado pela direção da Câmara se a unidade iria funcionar na segunda-feira. “Vamos ter que arrumar tudo. Trocar a porta da entrada. Tem muito serviço. Não sei se vai dar para arrumar a tempo”, avisou.
 
O cobrador de uma linha de ônibus, que havia deixado o seu carro no estacionamento do poder legislativo, encontrou o veículo com os vidros quebrados.
 
Principal alvo das reclamações, a garagem da empresa Transimão, onde os protestantes planejavam invadir, amanheceu com os portões fechados. Ao redor dela, comerciantes e moradores critivam os atos de violência praticados no local, que terminaram com dois Pms baleados. A cabo Vaneza Cristina Pereira, de 38 anos, que tomou um tiro em uma das pernas e o soldado Reginaldo Chaves Caldeira, de 33 anos, baleado nas costas. Ambos passam bem.
 
O suspeito dos disparos, Antônio Sérgio Guadanini, de 56 anos, foi preso logo após o crime, assim como a sua mulher, Rosana de Souza Guadanini, de 47 anos, que tentou impedir a prisão. “O casal e o restante das pessoas que tentaram invadir a empresa estão errados. O serviço prestado de ônibus não funciona, mas não vai mudar com essa selvageria”, afirmou o vendedor Geraldo Antunes Fonseca, de 37 anos.
 
 

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