Termômetro da Covid

Mortes por Covid-19 voltam a aumentar em Minas Gerais após 55 dias de queda

Estado registrou média de 223 óbitos diários causados pela doença na última semana

Por Cristiano Martins
Publicado em 16 de junho de 2021 | 22:16
 
 
 
normal

Depois de quase dois meses alternando momentos de queda e estabilidade, a média móvel de mortes causadas pelo novo coronavírus voltou a subir em Minas Gerais.

De acordo com o Termômetro da Covid do portal O TEMPO, o indicador encontra-se atualmente em 223 óbitos diários, 16,8% acima do patamar observado há duas semanas (veja o gráfico abaixo). Essa variação não ultrapassava a casa dos 15% há 55 dias, desde 21 de abril.

Segundo o monitoramento, baseado nos dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), foram confirmadas ao todo 1.559 novas vítimas mineiras da Covid-19 no acumulado dos últimos sete dias.

Apenas nesta quarta-feira (16), foram acrescentados ao balanço oficial mais 353 óbitos. O elevado número, porém, pode ser reflexo de um represamento das atualizações desde o fim de semana.

Até o momento, a SES-MG já confirmou um total de 43.559 óbitos provocados pelo novo coronavírus no Estado desde o início da pandemia, sendo 31.657 somente neste ano.

 

Veja os dados da sua cidade ou região
OBS: Para melhor interatividade e visualização, recomenda-se o acesso com um computador ou tablet.

 

Entenda o gráfico

O Termômetro da Covid apresenta a evolução da média móvel de novos óbitos e casos confirmados nos últimos sete dias e tem como parâmetro de comparação os mesmos dados registrados há duas semanas.

Se a média dos últimos sete dias superar em mais de 15% o valor de duas semanas atrás, então a situação observada é de crescimento acelerado. No outro oposto, uma redução superior a 15% indica desaceleração. Se a variação for de até 15% para mais ou para menos, a média encontra-se em um nível de estabilidade.

O uso da média móvel justifica-se pela grande oscilação das notificações entre os diferentes dias da semana. Ela fica muito clara quando observada a variação em feriados, fins de semana, segundas e terças-feiras, devido ao represamento dos testes nos laboratórios ou a atrasos nos registros pelas prefeituras, por exemplo. Desta forma, a média móvel mostra tendências mais consistentes do que os dados diários.

Já a janela de duas semanas para comparação explica-se pelo tempo médio de ação do vírus e de demora seja no processamento de exames ou na divulgação dos resultados nos sistemas utilizados pelas prefeituras e pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG). Esta é a mesma metodologia utilizada, por exemplo, por The New York Times e G1.

Regiões de Saúde

Os dados são provenientes dos boletins epidemiológicos da SES-MG e referem-se aos municípios de residência dos pacientes. Isso explica eventuais números negativos, uma vez que os casos podem ser revisados e "transferidos" de cidade.

Os registros são detalhados por município e agrupados por microrregião e macrorregião, conforme a organização do SUS (Sistema Único de Saúde). Essa definição é importante, pois leva em conta a estrutura da rede assistencial.

Caso uma cidade tenha números baixos, isso não significa necessariamente uma situação confortável, pois a maioria dos municípios (91% em Minas Gerais) não possui leitos de alta complexidade e precisa transferir os pacientes mais graves para polos micro e macrorregionais.

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!