Três pessoas foram presas e uma ainda é procurada pela Polícia Cívil. Elas são suspeitas de integrarem uma organização criminosa especializada em sonegar impostos de compra de combustíveis.
Além das prisões preventivas, a operação Jammer - do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) - compriu 18 mandados de busca e apreensão em seis postos da capital mineira, um em Contagem e um Mateus Leme, na região metropolitana de BH. As buscas também aconteceram em uma transportadora de combustível e em oito residências.
Em um dos postos investigados, foi encontrada uma placa dentro de uma bomba de combustível, que, de acordo com diretor do Instituto de Metrologia e Qualidade de Minas Gerais, Luiz Marcelo Scalioni, era usada pra fraudar o valor para o consumidor final. "O dispositivo mostrava uma quantidade maior do que a de fato era entregue. Deste modo, o consumidor pagava a mais pelo combustível", disse.
Os suspeitos irão responder por organização criminosa, fraude fiscal, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos públicos.
"A organização investigada adquiria o combustível de distribuidoras paulistas, simulava a venda para postos de São Paulo, mas, usando uma transportadora própria, eles traziam o combustível para Belo Horizonte, distribuía para outras cidades, sem recolher qualquer tributo aos cofres do Estado", explicou o delegado se Polícia Cívil Antônio Prado.
Segundo o responsável pela diretoria de gestão fiscal da superintendência de fiscalização da receita estadual, Ronaldo Marinho, o esquema fraudulento sonegação aproximadamente R$19,5 milhões dos cofres públicos. "O ICMS da gasolina e do etanol de São Paulo menor que o de Minas. Em grande volume transportado, compensa para a quadrilha só recolher os impostos de lá", disse.