MP cumpre mandados em operação que apura crimes nas eleições de 2018

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpriu, nesta terça-feira (22), 15 mandados de busca e apreensão na região do Vale do Rio Doce, na chamada “Operação Caixa Fantasma", que apura compra de votos e caixa 2 nas eleições de 2018.

Segundo o promotor de Justiça Leandro Ventura, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Governador Valadares, a investigação teve início a partir da operação Octopus, em julho do ano passado. “Naquela oportunidade, foram apreendidos alguns aparelhos celulares, dentro eles de um ex-prefeito de Divino das Laranjeiras. Conseguimos identificar algumas conversas com um candidato a deputado federal eleito, que sugeria compra de votos na área de saúde, ou seja, procedimentos médicos eram fornecidos a eleitores em troca de votos”, disse.

Segundo o MPMG, o político usava um hospital local para garantir a promessa de tratamento de saúde feita aos eleitores. Segundo a investigação, ele tinha acesso a 21 procedimentos cirúrgicos, que utilizava para a prática de compra de votos.

A investigação identificou que o parlamentar eleito deixou de declarar despesas e receitas realizadas durante sua campanha eleitoral, entre elas um depósito de R$ 100 mil, que foi realizado por um cabo eleitoral próximo do candidato, também alvo da operação.

“Foram feitas uma séria de depósitos e doações de empresas que não foram contabilizadas na campanha do candidato a deputado federal”, afirmou o promotor.

Leandro Ventura disse que ainda não é possível revelar mais detalhes da operação, como os nomes dos envolvidos e documentos apreendidos, já que o juiz eleitoral responsável pelo caso optou por manter o sigilo da operação.