O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciou, no início da noite desta terça-feira (3), que "serão permitidas livremente todas as manifestações desportivas no interior do Mineirão", na partida entre Atlético e Cruzeiro, no próximo sábado (7).

De acordo com o órgão, a decisão foi tomada em comum acordo com a Polícia Militar (PM). Serão proibidos, apenas, o ingresso de objetos que coloquem em risco a integridade física das pessoas, assim como a ostentação de materiais com mensagens de caráter ofensivo, que incitem a xenofobia e o racismo.

Entenda

Em uma reunião na manhã desta terça-feira na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), ficou definido que a PM iria proibir qualquer material provocativo de ambas as torcidas.

Portanto, seriam censurados materiais, como faixas e balões, que tenham a letra "B", em alusão à queda para a Segunda Divisão, tanto de um lado como de outro.

Pressão

A decisão gerou revolta nas redes sociais, pricipalmente entre os torcedores do Galo e do próprio clube. Pelo Twitter, o vice-presidente alvinegro, Lásaro Cândido Cunha, disse que iria recorrer ao MPMG e classificou a decisão da PM como "censura absurda". 

Em áudio divulgado para a imprensa, a corporação, por meio do major Flávio Santiago, fez questão de deixar claro que a censura acontece somente para as torcidas organizadas dos dois times, que vão se enfrentar pela 8ª rodada do Campeonato Mineiro.

"Se o cidadão for com sua família e levar uma camisa ou um balão com as iniciais, não tem problema algum, desde que não tenha referência ao ódio. A manifestação pessoal e ordeira está permitida. Sabemos como funciona o meio do futebol, as pessoas se comunicam e brincam", esclarece Santiago, antes de lembrar os casos recentes entre torcidas organizadas.