BH

Mulher é presa por espalhar fake news sobre morte de morador no Alto Vera Cruz

Em decorrência do espalhamento da morte, que supostamente teria sido cometida por policiais, moradores depredaram uma viatura e atacaram um ônibus

Por Laura Maria
Publicado em 27 de setembro de 2021 | 08:04
 
 
 
normal

Uma mulher, de 18 anos, foi presa pela Polícia Militar na noite do domingo (26) suspeita de espalhar informações falsas sobre a morte de um jovem no Alto Vera Cruz, na região Leste de Belo Horizonte. Em decorrência do espalhamento da morte, que supostamente teria sido cometida por policiais, moradores depredaram uma viatura e atacaram um ônibus ao longo da tarde do mesmo dia.

De acordo com informações da PM, durante as reivindicações, a mulher incentivava os moradores, por meio de falas e gravações, a se revoltarem contra os militares. A todo momento, ela dirigia palavras de baixo calão contra uma policial, a chamava de assassina e dizia que “todo castigo seria pouco.”

Segundo a PM, a jovem foi abordada e questionada sobre o motivo da revolta. Ela respondeu que havia um boato de que militares teriam provocado a morte de um jovem de nome Ademilson, morador do bairro. Falou ainda que, mesmo sem saber da veracidade das informações, publicou o caso em suas redes sociais e o encaminhou para outros moradores.

Os policiais, então, se dirigiram até a UPA Leste, onde estaria o jovem teria dado entrada. A PM informou que conversou com uma enfermeira, que, por sua vez, relatou que a vítima compareceu ao hospital levada desacordada por dois amigos por volta das 7h30. 

Os colegas informaram à profissional da saúde que o jovem teria usado cocaína e loló e, que, em determinado momento, se assustou e sofreu um mal súbito. A enfermeira disse ainda que a companheira da vítima confirmou que ela estaria fazendo uso exacerbado de drogas. Por fim, a profissional completou que a causa da morte teria ocorrido por overdose.

Os dois amigos do rapaz não foram identificados. O caso foi encaminhado à I Delegacia de Plantão.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que recebeu a ocorrência registrada como calúnia e que a jovem foi ouvida e liberada após a assinatura de Termo Circunstanciado de Ocorrência. Ela assumiu o compromisso de comparecer em audiência no Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte.

A instituição confirmou ainda que, segundo informações da unidade básica de saúde, onde o homem veio à óbito, o corpo não apresentava sinais de violência e, a princípio, a causa da morte seria por overdose.

Com Carolina Caetano

Atualizada às 11h09

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!