'Dedinho leve'

Mulher que se passava por cliente para furtar joalherias em Minas é presa

Ela distraía as vendedoras e usava o dedo mindinho para furtar as peças; também há registro de crimes cometidos pela suspeita em São Paulo e Mato Grosso

Por Pedro Ferreira
Publicado em 05 de setembro de 2019 | 13:47
 
 
 
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Em apenas dois meses, uma mulher acusada de furto em joalherias em Minas Gerais e em outros Estados é suspeita de dar um prejuízo de quase R$ 200 mil apenas usando o seu “dedinho leve”. Segundo a Polícia Civil, Adriana Aparecida Shueko Yamamotto, de 47 anos, fingia que era cliente nas joalherias e distraía a vendedora quando olhava a bandeja de joias.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Ela pedia outras joias e, despistadamente, ia pegando as peças com o dedinho e colocando dentro da blusa. "Fingia que passava a mão no cabelo e jogava as joias atrás do pescoço, dentro da blusa", conta a delegada Juliane Emiko, da 1ª Delegacia Regional de Poços de Caldas, Sul de Minas.

De acordo com a delegada, o casal já cometeu diversos furtos em joalherias. "Desde junho, quando começamos a monitorá-los, já temos seis furtos registrados em imagens de segurança das joalherias", disse.

Os crimes foram cometidos nos Estados do Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Em 8 de junho, eles furtaram uma joalherias em Poços de Caldas, Guaxupé, Divinópolis, Uberaba e Itaú de Minas.

A mulher foi identificada, em câmeras de segurança, em um veículo usado no furto em Poços de Caldas para cometer outro crime, em um shopping.

Casal agia junto

Segundo a delegada, a suspeita e o namorado, de 24 anos, agiam juntos. No início, a polícia acreditava que o homem apenas a auxiliava a criminosa, dando cobertura e carregando malas, mas a participação dele nos crimes foi confirmada.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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“Só que temos registrado um furto em Guaxupé em que ele aparece nas imagens junto com ela e também em outro furto que ele praticou em São Paulo, capital, quando ele foi preso em flagrante e ela conseguiu escapar”, conta Juliane Emiko. O homem não tem passagens pela polícia.

Mandados de prisão

A suspeita, segundo a delegada, tinha três mandados de prisão em aberto, fora outros dois mandados expedidos pela Justiça de Guaxupé e de Poços de Caldas.

“Desde 2017, ela está com mandados de prisão em aberto expedidos pelos tribunais de Justiça do Rio de Janeiro e de São Paulo, e pela Vara Criminal de Vila Velha, todos por furtos”, contou a delegada.

A mulher deverá ser transferida para Poços de Caldas para responder pelo crime na comarca e a Justiça de outros Estados será comunicada da prisão dela.

A delegada informou que investiga a participação de outras pessoas em outros crimes que a dupla tenha participado. Os receptadores das peças furtadas, se identificados, também vão responder criminalmente.

A suspeita negou as acusações, embora as imagens mostrem que ela praticou os crimes. Ela ainda tentou inocentar o companheiro, dizendo que ele não tem nenhuma participação no caso. O homem não quis comentar a sua prisão.

Penhora

Segundo a delegada, há informações de que a mulher chegou a penhorar algumas joias furtadas em um banco, o que está sendo investigado.

Nas joalherias, ela sempre pedia à vendedora as joias mais baratas, mas sempre escolhia as mais caras e com mais peso. Ela também tinha preferência por uma marca de roupa específica, que é mais cara, para se passar por uma pessoa de posses. “Sempre bem vestida, com bolsas da marca, para baixar a guarda da vendedora”, contou a delegada.

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