Muro desaba e mata criança de 11 anos na Zona da Mata mineira

Um garoto de 11 anos morreu após ser atingido por um muro, nessa segunda-feira (6), em Tombos, na Zona da Mata mineira. A criança estava em cima da estrutura quando uma parte remendada foi ao chão.

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a mãe de Fabiano Vasconcelos Lopes estava na casa de sua patroa, localizada no bairro São Sebastião, quando a criança teria ido ao quintal pela primeira vez para subir em um pé de goiaba no lote vizinho. Ele pegou a fruta e retornou para dentro do imóvel.

Minutos depois, o menino voltou para a parte externa da residência e subiu no muro, que desmoronou. Celso Miller Meira, de 48, foi a primeira pessoa a chegar para socorrer Lopes. “Estava trabalhando nos fundos da minha oficina quando escutei um barulho e, em seguida, ouvi a mãe dele gritando por socorro. Fui correndo saber o que estava acontecendo”, contou o homem.

Enquanto o mecânico tentava retirar o garoto dos escombros, um amigo dele acionou a ambulância, que chegou em sete minutos. “No trajeto entre o local do acidente e o hospital, ele teve duas paradas cardíacas, mas foi reanimado. Porém, faleceu minutos depois que deu entrada na unidade de atendimento”, disse Meira.

O vizinho contou que Fabiano costumava ficar no pé de goiaba. Segundo ele, o menino sempre era alertado a descer da árvore. A criança morava na mesma rua do acidente com os pais e mais três irmãos. Ele era o caçula. Fabiano foi velado em casa e seu sepultamento aconteceu no fim da manhã desta terça-feira (7) no cemitério de Tombos.

A Polícia Civil (PC) informou que o delegado Diego Alves já instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Conforme o policial, as testemunhas serão ouvidas e a perícia foi feita no local. A princípio, tudo indica que foi um acidente, porém, só a conclusão do inquérito poderá apontar qualquer responsável criminal.

Criança tentou se salvar

Segundo o mecânico que socorreu a criança, quando chegou ao imóvel, o menino tentava sair debaixo da estrutura. Ao ser retirado dos escombros, o menor ainda sentou na calçada.

“Ele não disse nada, mas apertava meu braço com força, como se estivesse pedindo por socorro. Depois o Fabiano foi ficando mole até desfalecer. Fiz o que eu pude para ajudar, mas, infelizmente, o menino não resistiu”, lamentou o vizinho.

Atualizada às 15h27