OAB tenta intermediar negociação entre prefeitura e camelôs

A Comissão de Direitos Humanos da OAB vai se reunir na tarde desta sexta-feira (7) com a prefeitura e com líderes dos ambulantes para tentar intermediar uma solução da crise desencadeada pela retirada dos vendedores ambulantes do hipercentro de Belo Horizonte. A reunião será às 16h na sede da prefeitura.

Nessa quinta-feira (6), em meio ao quarto dia de protestos da categoria, a Prefeitura de Belo Horizonte sorteou as vagas para os ambulantes nos centros de compras. Os 1.134 camelôs que, a partir da próxima semana, podem começar a vender suas mercadorias em shoppings populares da capital encontrarão um movimento de clientes precário e rejeição de parte dos lojistas. A afirmação é de funcionários das duas unidades do Shopping Uai, no centro e em Venda Nova.

Os funcionários contam que há cerca de dois anos o movimento nos shoppings é ruim. Para parte dos lojistas, os camelôs atrairão mais movimento. Outros dizem que a concorrência ficará desleal. Por uma taxa de R$ 1 por dia, os ambulantes poderão armar bancas nos corredores dos shoppings durante, no máximo, quatro meses. Um edital para cadastramento dos centros comerciais foi aberto, e o dono do Shopping Uai ofereceu 676 vagas no centro e 871 em Venda Nova.

Termo. Antes de se instalar, os camelôs têm que assinar um termo de ingresso. O documento estará disponível de segunda a sexta-feira da semana que vem, mesmo prazo para a alocação.
Há quatro dias, desde a última segunda-feira (3), os camelôs protestam fechando ruas do centro da capital mineira contra a retirada deles das ruas.
 

SAIBA MAIS

Câmara. O projeto de lei que assegura que os camelôs possam comercializar seus produtos em centros de comércio popular já está pronto para ser votado em 1º turno na Câmara de BH. Nessa quinta-feira (6), os vereadores aceleraram a tramitação da proposta, que tem grandes chances de ser aprovada. A autoria é do Executivo. A votação pode ocorrer na próxima semana.

Apoio. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) considera que a realocação dos camelôs em shoppings populares da cidade é uma medida positiva para todos os envolvidos.