Nova variante

Ômicron atrasa volta de mineiro que está na África: 'Saímos apenas para comer'

Ele e a mulher saíram em lua de mel no dia 21 de novembro, quando ainda não havia informações sobre a nova variante

Por Laura Maria
Publicado em 01 de dezembro de 2021 | 12:48
 
 
 
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O músico de Belo Horizonte Victor Rodrigues Dias, de 34 anos, viajou à Cidade do Cabo, capital da África do Sul, no dia 21 de novembro. Ele e a mulher passaram a lua de mel na cidade e pretendiam voltar nesta quarta-feira (1º), mas os planos foram adiados em função da detecção da variante Ômicron na cidade. Na segunda-feira (29), o Brasil restringiu o desembarque de voos vindos de seis países da África, incluindo da África do Sul.

Morador do bairro Cidade Nova, na região Nordeste de Belo Horizonte, ele conta que, antes de deixar o Brasil, não havia ainda notícias da variante na capital do país africano nem sabia do baixo índice de vacinação na região - cerca de 30% da população da África do Sul se vacinou contra a Covid apenas com a primeira dose.

“Quando soubemos das primeiras informações da nova variante, entramos em contato com a agência de viagens para tentar adiantar o voo. Não obtivemos resposta. Passados dois dias, a companhia aérea entrou em contato falando que o voo tinha sido cancelado”, diz.

Ele conta que só então a agência de viagens concedeu duas diárias em um hotel na Cidade do Cabo. “Mas não sabemos como vai ser daqui pra frente. Por enquanto, estamos saindo do hotel apenas para fazer as refeições”, aponta.

O músico conta ainda que a falta de informações levou mais brasileiros a se juntarem em um grupo de WhatsApp para tentar obter informações junto ao consulado. “É um grupo de 21 brasileiros que viajaram com a mesma agência. Até agora, o consulado passou apenas uma lista com hotéis e hostels com preços mais em conta”, pontua.

Regras são seguidas

Victor observou que, ao chegar na cidade africana, regras sanitárias de combate à disseminação do vírus são seguidas, como uso de máscaras e de álcool em gel e o respeito ao distanciamento social.

“O que observei, na verdade, é que os turistas são os que mais desrespeitam as regras não usando máscaras, por exemplo. Assim como no Brasil, o comportamento é heterogêneo”, diz.

Ele conta que ficou impressionado com as belezas da cidade, apesar de observar a desigualdade latente. “São só elogios, o que estragou foi justamente essa questão da nova variante”, comenta.

O músico completa dizendo que precisou remarcar eventos nos quais se apresentaria como músico. Além disso, teve que cancelar aulas porque ele está sem seus instrumentos para ensinar de modo remoto.

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