A variante ômicron do coronavírus será responsável por uma nova onda da pandemia em Minas Gerais que, apesar de, em geral, provocar casos menos graves de Covid-19, deve elevar muito o número de infectados. A informação é do secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6). 

“A nossa expectativa é de que no mês de janeiro vamos atingir um aumento vertiginoso, exponencial, de casos novos de ômicron. A delta, em agosto, quando foi identificada em Minas, não mudou o perfil da pandemia. Ela causou uma quarta onda na Europa, não tivemos isso. A delta é passado para a gente. A ômicron vai causar uma onda de muitos casos, mas a expectativa é de que tenhamos pronto atendimentos cheios, mas a internação em [Centros de Tratamento Intensivo] CTI não seja tão grande quando março e abril do ano passado”, detalhou.

O chefe da pasta afirmou que a variante delta é “passado” em Minas. A variante fez com que, atualmente, não haja sequer discussão sobre retirada de obrigatoriedade de máscaras – o que, nas palavras do médico, causaria “uma população inteira doente” – e permissão de grandes eventos, como o Carnaval. “Mesmo a ômicron gerando menos internação, ela gera alguma internação. Se tivermos muita gente, ao mesmo tempo, contaminada, a proporção vai dar um número de pacientes muito grande”, ressalta.