Durante hemodiálise

Paciente diz ter sido expulso de clínica após discussão

Advogado do denunciante declarou que briga teria se iniciado em função de confusão por causa do ar condicionado; Gerente administrativa da unidade de saúde nega a denúncia

Por Camila Kifer
Publicado em 20 de agosto de 2014 | 20:51
 
 
 
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Uma discussão entre um paciente de hemodiálise e uma funcionária de um Hospital de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, terminou em caso de polícia na noite desta quarta-feira (20). O paciente afirma ter sido expulso do local, mas a gerente administrativa da unidade de saúde negou a denúncia.

Frederico Etiene, de 43 anos, que há seis anos realiza o tratamento de hemodiálise no Instituto de Terapia Renal (ITR) do Hospital Evangélico, no bairro Bernardo Monteiro, acionou seu advogado após afirmar ter sido expulso da sala de tratamento. O educador físico, que está afastado do trabalho para se dedicar a saúde, contou ao defensor que teria pedido para uma enfermeira para aumentar a temperatura do ar condicionado, no entanto, a funcionária teria explicado que não poderia. A partir daí, segundo o advogado, ambos começaram uma discussão.

A funcionária teria se irritado, desligado a máquina e pedido para que o paciente saísse, ainda, segundo a denúncia. No entanto, Frederico permaneceu no mesmo lugar em que estava. Ele acionou a Polícia Militar (PM) e registrou o boletim de ocorrência.

“Quando cheguei ao local, o meu cliente informou ter feito o registro na polícia, no entanto, os militares não teriam qualificado nenhuma testemunha. Esse fato gera um grande problema, já que o Frederico me contou que uma médica teria dito á ele, na frente dos militares, que ele não realizaria mais o tratamento no local”, declarou o defensor Tomas Rosa.

O paciente afirmou ter se sentido humilhado com a situação. “Fiquei muito nervoso, emocionado e me sentido coagido. Me falaram que não iria mais fazer o tratamento lá e que iriam me transferir. Depois que viram que realmente chamei o meu advogado e a polícia, me voltaram para a  sala de hemodiálise e eu continuei o tratamento”, relatou Frederico.

Em contato com a clínica, a reportagem de O TEMPO conversou com a gerente administrativa do local, Ana Paula de Andrade, de 32 anos, que afirmou ter conversado ao mesmo tempo com a enfermeira, o paciente e os militares. Ana Paula contou que 37 paciente realizam o tratamento no mesmo ambiente, que é composto por quatro ar condicionados, e que como norma o equipamento é deixado sempre na marca de 25º.

“A enfermeira me disse que explicou para o paciente que para registrar o boletim de ocorrência era necessário que ele deixasse a sala, já que os militares não poderiam entrar no local. Pedimos para que ele registrasse a queixa fora da sala de hemodiálise para não expor os outros pacientes, mas, em momento algum expulsamos ele do local”, contou a gerente da unidade.

“Há seis anos, durante três vezes, por semana ele realiza o tratamento na clínica e nunca tivemos uma situação desse tipo, que tomasse essa proporção. Em momento algum afirmamos que ele seria transferido para outro hospital”, encerrou Ana Paula. 

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