Um grupo de pais e alunos do colégio Magnum, na unidade Cidade Nova, na região Nordeste da capital, se mobilizou na manhã desta sexta-feira (11) em um protesto a favor do auxiliar de professor de educação física acusado de abusar sexualmente de alunos da instituição. O suspeito, de 22 anos, foi ovacionado ao chegar no local.
Com dezenas de cartazes pedindo o esclarecimento da verdade e declarando apoio ao jovem acusado e ao colégio, os manifestantes se aglomeraram na porta da unidade de ensino e abraçaram Hudson Nunes. A publicitária Mariele Assis, 45, defendeu o auxiliar. “Eu conheço ele há três anos. Ele nunca fez nada que desabonasse as minhas filhas, sempre foi muito cuidadoso, nunca encostou. Sempre respeitoso com os professores, com os pais e os alunos. Eu sempre vejo as crianças gostarem muito dele. Acho que foi um equívoco dessa família. Ele merece justiça, e essa escola é muito séria”, afirmou.
Um grupo de mães de alunos do colégio foi intitulado “Em busca da verdade” nos últimos dias. De acordo com a economista Rayda Araújo, 41, pais só querem esclarecimentos. “Está surreal a dimensão que está tomando, o sofrimento das famílias e a imagem dos nossos filhos. A gente precisa de uma resposta, de uma solução o quanto antes”, afirmou.
Ao chegar na porta do colégio, Hudson Nunes foi muito aplaudido e abraçado. Dezenas de pais e crianças gritavam o nome dele em solidariedade. “Minha vida é isso aqui. Eu sempre fui assim. E está doendo. Você ser acusado de uma coisa que você não fez, dói muito. A gente está aí para esclarecer qualquer coisa. Eu nunca fugi disso. Sempre corri atrás. Eu estou aqui para enfrentar mesmo. Eu quero retomar minha vida, ficar tranquilo”, afirmou.
A escola diz, em nota, que "agradece às manifestações de carinho de educadores de todo o país, das famílias, alunos e ex-alunos" e ressalta que o movimento foi espontâneo. Acrescenta ainda que permanece focada no apoio psicológico e jurídico a todos os envolvidos e "à disposição das autoridades competentes para que a verdade seja revelada".