Solidariedade

Pais e alunos protestam em defesa de educador acusado de abusar de crianças

Grupo se reuniu na porta do colégio Magnum em apoio ao jovem investigado por pedofilia

Por Mariana Nogueira
Publicado em 11 de outubro de 2019 | 17:14
 
 
 
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Um grupo de pais e alunos do colégio Magnum, na unidade Cidade Nova, na região Nordeste da capital, se mobilizou na manhã desta sexta-feira (11) em um protesto a favor do auxiliar de professor de educação física acusado de abusar sexualmente de alunos da instituição. O suspeito, de 22 anos, foi ovacionado ao chegar no local.

Com dezenas de cartazes pedindo o esclarecimento da verdade e declarando apoio ao jovem acusado e ao colégio, os manifestantes se aglomeraram na porta da unidade de ensino e abraçaram Hudson Nunes. A publicitária Mariele Assis, 45, defendeu o auxiliar. “Eu conheço ele há três anos. Ele nunca fez nada que desabonasse as minhas filhas, sempre foi muito cuidadoso, nunca encostou. Sempre respeitoso com os professores, com os pais e os alunos. Eu sempre vejo as crianças gostarem muito dele. Acho que foi um equívoco dessa família. Ele merece justiça, e essa escola é muito séria”, afirmou.

Um grupo de mães de alunos do colégio foi intitulado “Em busca da verdade” nos últimos dias. De acordo com a economista Rayda Araújo, 41, pais só querem esclarecimentos. “Está surreal a dimensão que está tomando, o sofrimento das famílias e a imagem dos nossos filhos. A gente precisa de uma resposta, de uma solução o quanto antes”, afirmou.

Ao chegar na porta do colégio, Hudson Nunes foi muito aplaudido e abraçado. Dezenas de pais e crianças gritavam o nome dele em solidariedade. “Minha vida é isso aqui. Eu sempre fui assim. E está doendo. Você ser acusado de uma coisa que você não fez, dói muito. A gente está aí para esclarecer qualquer coisa. Eu nunca fugi disso. Sempre corri atrás. Eu estou aqui para enfrentar mesmo. Eu quero retomar minha vida, ficar tranquilo”, afirmou.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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A escola diz, em nota, que "agradece às manifestações de carinho de educadores de todo o país, das famílias, alunos e ex-alunos" e ressalta que o movimento foi espontâneo. Acrescenta ainda que permanece focada no apoio psicológico e jurídico a todos os envolvidos e "à disposição das autoridades competentes para que a verdade seja revelada".

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