Covid-19

Pazuello diz que Anvisa levará pelo menos mais dois meses para registrar vacinas

Imunizantes da AstraZeneca e da Sinovac sinalizam que enviarão resultados de testes à agência ainda neste mês; Ministério da Saúde diz que contará com 300 milhões de doses em 2021

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 08 de dezembro de 2020 | 14:23
 
 
 
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Em reunião com governadores e secretários de Saúde estaduais nesta terça-feira (8), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que vacinas só devem ser registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dois meses depois de as fabricantes enviarem os resultados das pesquisas. Assim, o aval da agência para a aplicação das doses no Brasil deve ser finalizado em fevereiro, se não houver erros nas conclusões. 

"Se isso acontecer, o registro efetivo da AstraZeneca será no final de fevereiro. mesmo que tenham chegado 15 milhões de doses em janeiro", disse o ministro. A reportagem questionou o Ministério da Saúde qual seria o prazo para uma eventual autorização para uso emergencial de vacinas e aguarda retorno. O acordo do Brasil com a AstraZeneca prevê recebimento de 100 milhões de doses do imunizante até junho de 2021, sendo 15 milhões de unidades por mês, a partir de janeiro. No segundo semestre, a Fiocruz passaria a produzir a vacina nacionalmente, chegando a outras 160 milhões de doses. 

O ministro afirmou que o Brasil contará com cerca de 300 milhões de doses de imunizantes até o final de 2021. A conta inclui as 260 milhões da opção da AstraZeneca e outras 42 milhões previstas no consórcio internacional Covax Facility, que garante unidades de diversas vacinas ao país. Como elas pedem duas doses por pessoa, 150 milhões de brasileiros poderiam ser vacinados no próximo ano com as unidades contabilizadas. 

Pazuello não incluiu a CoronaVac na conta, porém não descartou que o Ministério da Saúde possa adquiri-la. Ele ressaltou que será necessário o mesmo tempo para aprová-la na Anvisa do que o necessário para aprovação da opção da AstraZeneca. Além dessas opções, Pazuello confirmou a negociação de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer, que começou a ser aplicada hoje no Reino Unido. Ele prevê que 8,5 milhões chegarão ao Brasil no primeiro semestre, o que garantiria imunização de cerca de 4 milhões de cidadãos. 

(Esta matéria está em atualização)

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