Dezoito leitos de UTIs para atender pacientes exclusivos com Covid-19 foram abertos pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta quinta-feira (18). No entanto, a taxa de ocupação na cidade continua em 96,6%, o mesmo patamar registrado no dia anterior.
De acordo com o executivo, o cenário continua crítico, pois a demanda dos hospitais particulares aumentou. A lotação da rede suplementar subiu de 102,8% para 109,5% nas últimas 24 horas.
No SUS, com a criação dos novos leitos, a taxa caiu de 91,1% para 85,4%. A rede pública soma 411 leitos para tratamento de pacientes com suspeita e confirmação da doença. A rede particular, por sua vez, tem 353 leitos de UTIs Covid e nenhuma vaga disponível.
Por causa da crise sanitária sem precedentes provocada pela pandemia, a cidade, além de fechar todos os estabelecimentos considerados não essenciais, adotou o toque de recolher. Nos próximos dias, a circulação de pessoas está proibida no município das 20h às 5h. Apenas têm permissão para andar nas ruas neste horário aqueles que trabalham ou buscam os serviços essenciais.
Para o Conselho Municipal de Saúde (CMSBH) as medidas restritivas têm que ser ainda mais radicais para conter o avanço da Covid. O órgão sugeriu que a PBH adote o lockdown imediatamente, inclusive, com a paralisação do sistema de transporte público.
Grande BH
E a partir de segunda-feira (22), a região metropolitana de BH também passará a contar com mais oito leitos de UTIs Covid. A Prefeitura de Nova Lima afirmou que investiu R$ 4 milhões para a ampliação no atendimento do Hospital Nossa Senhora de Lourdes. Inicialmente, esses leitos serão utilizados por quatro meses.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, apenas cinco municípios da região metropolitana respondem por 57% dos pedidos de internações de pacientes não residentes da capital. São eles: Nova Lima, Sabará, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Caeté.