Com dois dos três indicadores da pandemia no estágio crítico, a Prefeitura de BH convocou uma coletiva de imprensa para tratar da pandemia. A entrevista vai acontecer nesta quarta (26/1), às 15h, na sede do Executivo municipal. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) estará no local. O TEMPO transmite ao vivo pelo portal.
Além de Kalil, integrantes do Comitê de Enfrentamento à Covid de BH vão marcar presença. São eles o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, e os infectologistas Unaí Tupinambás, Estevão Urbano e Carlos Starling.
A prefeitura não informa sobre quais medidas serão anunciadas, mas em coletiva na última sexta (21/1), o secretário Jackson não descartou o cancelamento dos eventos de carnaval. “Não está descartado. É possível que haja”, disse.
BH tem pelo menos três grandes programações na agenda, com presença de artistas de renome, como Ivete Sangalo e Thiaguinho.
Em entrevista a O TEMPO, o infectologista Estevão Urbano, que integra o comitê, não recomendou a realização desses eventos na cidade.
Outra incógnita gira em torno dos jogos de futebol. A temporada 2022 começa nesta semana com o Campeonato Mineiro.
Medida da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já reduziu o público das duas primeiras rodadas do torneio a 20 mil torcedores. Crianças não podem entrar nos estádios.
Indicadores no vermelho
BH abriu mais 40 leitos de enfermaria para pacientes com Covid-19 nesta segunda (24/1), mas a ocupação voltou a subir na cidade: 83,7% para 89,7%. Portanto, o indicador permanece na zona crítica da escala de risco.
No caso das UTIs, a ocupação é ainda mais alta: 90,3%. São 254 leitos em BH, mas apenas 22 livres no momento, conforme o boletim da prefeitura.
As UTIs estão no patamar mais grave há nove balanços, desde 12 de janeiro. Já as enfermarias enfrentam a situação há mais tempo ainda: desde 7 de janeiro, 11 levantamentos consecutivos.
Outro indicador fundamental da pandemia, a transmissão do coronavírus está em 1,18 em BH. Portanto, dentro do nível de alerta.
O salto na demanda está relacionado a vários fatores: a variante ômicron do coronavírus, o surto da gripe influenza e as aglomerações das festas de fim de ano e das férias. As viagens de janeiro também pesam sobre o sistema de saúde.
A alta transmissão tem dificultado o recrutamento de profissionais de saúde. Segundo o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, falta até RH para admitir novos colaboradores.