Pela quarta vez, o depoimento de Bruno Costa Val, acusado de tentar matar a ex-companheira com 17 facadas em maio do ano passado, foi adiado pela justiça. Por questões de saúde, o réu, que está preso preventivamente em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, não poderá dar sua versão dos fatos.
"Esse adiamento não muda o processo nem atrapalha o juízo. Por uma questão de saúde, ele não poderá falar, é questão de dignidade entender isso", diz o advogado da vítima Marcos Chagas.
A quarta tentativa de depoimento estava prevista para esta segunda-feira (27), no fórum Lafayette, em Belo Horizonte, mas de forma remota. Entretanto, o réu, que teve Covid-19 no final do ano passado, apresentou complicações da doença e precisou ser internado novamente.
"Estou sendo muito bem amparada juridicamente e sei que minha história é importante para a luta contra a violência à mulher. Ele está preso e, a cada dia na prisão, é um dia de vida em segurança para mim", relata Veronica Suriani, que sofreu a agressão no meio da rua e em frente aos filhos.
O réu alegou problemas mentais e disse que havia feito uso de drogas no dia dos fatos, porém um laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) comprova que ele é imputável, ou seja, tinha consciência do que estava fazendo e pode ser reponsabilizado pelo atos que cometeu.