Pelo menos outras sete ocorrências já foram registradas em Minas Gerais de 1986 até 2019. O caso mais grave é o de Brumadinho. Pelo menos 60 pessoas morreram na ocorrência. Nas demais tragédias foram contabilizadas outras 34 mortes, sendo 19 em Mariana, após a barragem de Fundão, operacionalizada pela Samarco, ter se rompido.
1986
Rompimento da barragem de rejeitos da Mina de Fernandinho, em Itabirito, na região Central de Minas Gerais, provocou sete mortes.
1997
Rompimento da Barragem Rio das Pedras, em Rio Acima, na região metropolitana de Belo Horizonte, causou 82 km de destruição ao longo do Rio das Velhas e deixou centenas de pessoas desalojadas.
2001
Barragem de rejeitos de minério de ferro da Mineração Rio Verde rompeu em Macacos, distrito de Nova Lima, na região metropolitana. Cinco pessoas morreram, 79 hectares de Mata Atlântica foram devastados e cerca de 600 mil m³ de rejeitos atingiram o córrego Taquaras. A ocorrência soterrou parte da comunidade de São Sebastião das Águas Claras.
2003
O rompimento de uma barragem da Indústria Cataguases de Papel em Cataguases, na Zona da Mata, espalhou 900 mil m³ de rejeitos industriais de licor negro - material orgânico constituído basicamente de lignina e sódio - na Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul. A ocorrência gerou mortandade de peixes, interrupção do abastecimento de água em vários municípios e prejuízos em propriedades rurais localizadas às margens do Ribeirão do Cágado.
2007
Em Miraí, na Zona da Mata, uma barragem da mineradora rio Pomba Cataguases rompeu, deixando mais de 4.000 pessoas desalojadas. O rompimento ainda provocou inundação de áreas agricultáveis, mortandade de peixes, desabastecimento de água em municípios vizinhos e lançamento de 2 bilhões de litos de rejeitos no Ribeirão Fubá.
2014
O rompimento de uma barragem da Herculano Mineração em Itabirito, na região Central, provocou a morte de três funcionários.
2015
A barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana, na região Central, deixou 19 mortos e devastou comunidades como Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo. A tragédia deixou rastros em 39 municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. Mais de 40 milhões de m³ de rejeitos vazaram e a lama chegou aos rios Doce, Gualaxo do Norte e Carmo.