Após o rompimento da barragem I da mina de Córrego do Feijão, a lama levou tudo o que havia pela frente. Casas, móveis, carros, caminhões, contêiners e até vagões de trem, maquinários extremamente pesados, foram arrastados. Uma ponte de linha férrea também teve uma das pilastras arrastada. Com isso, parte da ponte caiu, e a estrada de ferro ficou completamente obstruída.
De acordo com o historiador de ferrovias Pedro Resende, a estrutura que caiu era apenas um ramal da linha principal – do Paraopeba – e atendia somente a Mina do Feijão, por onde era escoado o minério.
“Esse trecho foi atingido porque estava praticamente dentro da mina, a cerca de um quilômetro. Se a lama tivesse chegado com força até a linha principal, que passa por cima da estrada que vai para Brumadinho, o tráfego poderia ter sido comprometido. Ainda não há confirmação, mas não parece que é o caso”, explica, acrescentando que essa lama deve ter menos força que a de Mariana, porque tem menos água. Resende observa que, por ora, o tráfego nas ferrovias deve ficar suspenso, até que todos os danos sejam mensurados.