Chacina em Itabirito

Ponto mais lucrativo de tráfico motivou execução, dois suspeitos foram presos

Um dos homens confessou participação no crime brutal, segundo Polícia Civil; outras três pessoas são procuradas por chacina que terminou com família morta

Por Aline Peres
Publicado em 31 de agosto de 2020 | 13:20
 
 
 
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Dois homens foram presos na sexta-feira, 28, em Itabirito e em Pará de Minas, na região Central do Estado, por participarem de um crime bárbaro. A disputa por um espaço mais lucrativo para a venda de drogas foi o que motivou a chacina em Itabirito, no dia 8 de agosto.

A violência aconteceu em uma casa na Vila José Lopes, local conhecido como “região dos macacos”. Cinco pessoas da mesma família foram mortas, todas com tiros na cabeça e no rosto. Algumas dessas vítimas foram baleadas mais de vinte vezes, conforme dados periciais. 

Duas mulheres de 20 anos, também vítimas na chacina, continuam internadas no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, em estado grave. No momento do ataque um recém-nascido estava no colo de uma dessas vítimas, uma mulher de 20 anos, mas, o bebê não se feriu. Outra criança que estava na casa, de 2 anos, foi atingida por um tiro no braço e, segundo a polícia, passa bem e está sob cuidados de familiares, assim como o recém-nascido. 

Segundo o delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Itabirito, Frederico Ribeiro de Freitas Mendes, uma série de crimes no bairro Padre Adelmo, culminaram na chacina.

O delegado explica que desde março deste ano a criminalidade ligada ao tráfico aumentou no local, o que motivou uma ação policial no dia 30 de julho. Nessa operação dois integrantes do tráfico foram presos e a venda de drogas no bairro ficou enfraquecida.  

“A partir do momento que essa operação, aconteceu uma desarticulação do tráfico e os traficantes começaram a buscar locais em que poderiam expandir seus negócios. A região dos macacos, onde houve a chacina, foi o principal alvo”, explicou o delegado. 

Ainda segundo Mendes, a família foi alvo da execução porque eles se negaram continuar a venda de drogas no local sob comando dos traficantes que disputavam a região.

“As pessoas lá vendiam de forma autônima e não queriam se subordinar a venda por parte dos traficantes do Padre Adelmo”, explicou. “A questão financeira foi o principal fator que levou a chacina”, conclui. 

Os dois homens presos foram encaminhados para o presídio de Ouro Preto, na região Central. Outros três homens são procurados pela polícia por participação na chacina de Itabirito. Eles são investigados por homicídio e por tentativa de homicídio. 

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