Diversos mineiros lamentaram a notícia da retirada do relógio luminoso do banco Itaú, que fica no topo de uma das torres do Conjunto Residencial Juscelino Kubitscheck, no bairro Santo Agostinho. Publicada com exclusividade por O TEMPO neste sábado (31), a informação teve grande repercussão nas redes sociais e gerou pedidos à instituição financeira para que mudasse de decisão.

Muitas pessoas lembraram que o relógio já havia se tornado um cartão-postal da cidade, com impacto afetivo em diversas gerações. “@itau, este relógio faz parte da identidade cultural de BH, por favor não retirem!”, escreveu Marina Casadei. “Que pena, pode ser insignificante pra alguns, mas pra mim lembra muito minha infância, ficava vidrado nele esperando ele mudar as horas kkk e depois mudar da hora pra temperatura”, acrescentou Bruno César, que cobrou à Prefeitura de Belo Horizonte e ao banco Itaú um posicionamento.

Outras pessoas viram na retirada uma descaracterização da paisagem da capital mineira e argumentaram que o relógio também ajudava na orientação de quem frequentava o centro de BH. “Que absurdo. Esse relógio faz parte da cultura de BH já. As pessoas se orientam por ele, eu tenho certeza disso”, disse um internauta. “Um ícone de BH, uma bússola para as pessoas que transitam no centro! Não podem tirar o relógio”, complementou outro.

As declarações foram feitas na página de O TEMPO no Twitter. Até o início da noite deste sábado, a postagem contava com 126 comentários e havia sido compartilhada 43 vezes. Outras 315 pessoas curtiram a publicação. No Facebook, a notícia foi curtida por mil pessoas e havia recebido 311 comentários, além de ter sido compartilhada 376 vezes.  

Entenda

O relógio foi desligado há cerca de uma semana e deve ser removido em breve. A decisão pela retirada da estrutura partiu, exclusivamente, do banco Itaú, segundo a administração do condomínio e a prefeitura. Em nota, o Itaú explica que “revisitou a estratégia de exposição de sua marca” e, por isso, “decidiu descontinuar o investimento atrelado ao relógio”.

A instituição alega ter sido estimulada “por mudanças na legislação de várias cidades brasileiras ocorridas nos últimos anos”. Procurada pela reportagem, a Fundação Municipal de Cultura informou que, de fato, a presença da marca configura publicidade irregular e contraria o Código de Posturas da cidade.