Depois de seis meses parados, os trabalhos de melhoria da qualidade da lagoa da Pampulha terão reinício até semana que vem. A meta é fazer com que a água retorne ao nível 3, que permite pesca esportiva e esportes náuticos, em um prazo máximo de seis meses.
O diretor de Gestão de Águas Urbanas da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, Ricardo de Miranda Aroeira, disse em audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte, que o contrato com o Consórcio Pampulha Viva vai ser assinado nos próximos dias. Serão pagos R$ 16 milhões em 12 meses.
“O consórcio cumpriu as metas na primeira fase”, garantiu Aroeira. De 2015 a março deste ano, eles teriam conseguido deixar a lagoa na classe 3. Foram investidos R$ 36 milhões.
Mas um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que vem monitorando o lago desde novembro do ano passado em um estudo ainda não concluído, questiona os resultados.
“Acompanhamos dez pontos da lagoa, e nossos indicadores mostram níveis de poluição sempre muito altos”, afirma o professor que está à frente dos trabalhos, José Fernandes. Segundo o pesquisador, a barragem voltou à estaca zero e está tão suja quanto antes. Para ele, seriam necessários, pelo menos, cinco anos para fazer um bom trabalho no local.
Em resposta, Aroeira disse que vai aguardar os estudos serem concluídos para se posicionar sobre o assunto.