Crime

Preso PM suspeito de participar de atentado contra comandante da corporação

À época, homens de moto passaram disparando várias vezes contra a casa do tenente-coronel Giovanne Gomes da Silva

Por Laura Maria
Publicado em 30 de julho de 2019 | 21:33
 
 
 
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A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu, na manhã desta terça-feira (30), um tenente suspeito de ter participado de atentado contra o comandante-geral da corporação, o tenente-coronel Giovanne Gomes da Silva. O crime ocorreu em 31 outubro de 2017, quando Silva era ainda comandante Comando de Policiamento Especializado (CPE).

À época, homens de moto passaram disparando várias vezes contra a casa do coronel. Ninguém ficou ferido.

A detenção do militar ocorreu na Academia de Polícia Militar de Minas Gerais, no Prado, região Oeste de Belo Horizonte. Além da prisão, a corporação, em operação realizada com Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do militar e nos armários na Academia.

Porta-voz da PM, o major Flávio Santiago afirmou que na residência dele foram localizadas munições de calibre 556, .357 e .38. “Ele alega que são munições próprias da carga da PM. Isso também será investigado em inquérito policial”, comentou.

Já nos armários do militar, foram encontradas granadas. “Não é de praxe que militares tenham granadas nos armários. Também será investigado se houve omissão de cautela”, informou o major.

O tenente foi preso preventivamente e encaminhado para um presídio da região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o major Santiago, é provável que ele fique detido em uma penitenciária em Contagem. A identidade do tenente não foi revelada pela corporação.

Motivação ainda é desconhecida

De acordo com o porta-voz da PM, há “fortes indícios” de que o tenente tenha participado do atentado. Entretanto, a motivação ainda é desconhecida. “Só vamos saber com a conclusão do inquérito”, disse o major, explicando que não entrará em mais detalhes sobre o caso para que as investigações não sejam prejudicadas.

O major destacou, porém, que o caso está sendo tratado com a gravidade exigida. “Ser policial militar não é tarefa fácil. Combatemos vários combates, sofremos ameaças por muitas pessoas, mas nem por isso deixamos de fazer o nosso papel, mesmo com o sacrifício da própria vida”, disse.

 

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