A greve na rede municipal de ensino de Belo Horizonte continua. Em assembleia realizada na porta da Prefeitura, na tarde desta sexta-feira (1º), os servidores da educação decidiram pela manutenção do movimento que começou em 16 de março.
Uma reunião com o prefeito Fuad Noman aconteceu antes da assembleia, conforme explica a professora Adriana Souza que integra a comissão de negociação. "Nesta semana nos reunimos com o Planejamento da prefeitura e, hoje, com o prefeito Fuad. Não podemos aceitar a proposta da prefeitura, pois desmonta nossa carreira".
A categoria reivindica o pagamento do piso de R$ 2.162 já no primeiro nível de carreira. "O que temos hoje são cinco níveis recebendo abaixo do mínimo que o professor com ensino médio deveria ser pago", pontuou. O valor de R$ 1.757,78 vem sendo pago no primeiro nível.
Adriana ressaltou que a greve é o "único instrumento de pressão" para o governo municipal pagar o piso. "O movimento está com grande adesão e nossas assembleias têm em torno de duas mil pessoas. A proposta atual é um reajuste de 11% parcelado em duas vezes que começa a ser pago no fim do ano. Além disso, a prefeitura quer retirar cinco níveis da carreira. Isso pra nós é desmonte", ressaltou a professora de História.
Uma nova assembleia está marcada para acontecer na próxima quarta-feira (6), às 8h30, na Praça da Estação. Até lá, os servidores ficam no aguardo de alguma sinalização por parte da prefeitura. "Na segunda, o prefeito vai se reunir com o secretário de Planejamento, André Reis, e nos apresentará uma proposta para levarmos a votação", finalizou.
PBH
Procurada pela reportagem, a prefeitura confirmou o encontro de Fuad Noman com os servidores da educação. "O prefeito se comprometeu a estudar com a equipe técnica novos desenhos e propostas para a categoria, desde que não haja comprometimento da saúde fiscal do Município", afirmou em um dos trechos da nota enviada.
Matéria atualizada às 18h19