Sul de Minas

Quadrilha especializada em fraudar provas do Detran é presa no Sul de Minas

Além de um candidato, que usava o ponto eletrônico, outros quatro integrantes do grupo que oferecia a fraude também foram presos

Por José Vítor Camilo
Publicado em 27 de outubro de 2023 | 14:14
 
 
 
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A prova de legislação de trânsito realizada pelo Departamento de Trânsito (Detran) de Três Corações, no Sul de Minas Gerais, foi interrompida pela polícia, na última quinta-feira (26 de outubro), após um dos candidatos ser flagrado utilizando ponto eletrônico para fraudar o teste. Além do homem, de 43 anos, também foram presos uma mulher de 41, e outros três homens de 27, 38 e 47 anos, que faziam parte da quadrilha especializada em fraudar a prova da CNH.

De acordo com a Polícia Civil, foram apreendidos com os suspeitos: dispositivos de gravação; pontos eletrônicos; celulares; cocaína; e um veículo. "As investigações iniciaram após informações recebidas pela equipe policial sobre a presença na cidade de um suposto grupo especializado em fraudes durante provas de legislação de trânsito no estado", detalhou a instituição policial.

Diante das denúncias recebidas, os policiais civis iniciaram então os levantamentos, que acabaram identificando os veículos dos suspeitos e onde eles estavam.

No dia da prova, os agentes abordaram então um dos candidatos investigados, um homem de 43 anos, com quem foram localizados os dispositivos eletrônicos presos ao corpo e um ponto eletrônico em seu ouvido. Ao mesmo tempo, outras quatro pessoas acabaram detidas em uma casa, que ficava próximo ao local de aplicação da prova.

Os suspeitos foram abordados no momento em que se preparavam para fugir do local, após escutarem a abordagem por meio do ponto que o candidato utilizava. Com eles também foram encontrados dispositivos eletrônicos, além de cartilhas com as placas de sinalização que poderiam aparecer em questões da prova.

Líder do grupo está entre os presos

Entre os quatro suspeitos que formavam o grupo especializado em fraudar as provas estava o homem que seria apontado como o líder da quadrilha, de 47 anos.

Além dele, também foram presos um homem de 27 anos, que seria o responsável pela montagem e operação dos dispositivos eletrônicos; uma mulher, de 41, que ditava as respostas das questões para o candidato; e um homem, de 38, que era responsável por fazer levantamento sobre as estruturas dos locais de prova.

Para conseguirem realizar a fraude, o grupo levantava informações como a existência de detector de metais, a circulação de policiais civis nos locais, os horários das provas e, ainda, escolhia um imóvel próximo para abrigá-los durante os crimes.

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