LOCALIZADOS EM BETIM

Quadrilha especializada em roubo de carga de alimentos é presa

Bandidos roubavam principalmente produtos que saíam da Ceasa

Por NATHÁLIA LACERDA
Publicado em 06 de setembro de 2016 | 13:25
 
 
 
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Uma quadrilha especializada em roubo de cargas do gênero alimentício, principalmente de produtos que saíam da Central de Abastecimento (Ceasa), em Contagem, na região metropolitana, com destino ao interior do Estado, foi desmantelada pela Polícia Civil, no último dia, 30, em Betim, na mesma região. Seis pessoas foram presas em flagrante quando descarregavam os produtos roubados em um galpão, no bairro Jardim Teresópolis.

“Essa quadrilha fez a abordagem de um motorista nas proximidades da cidade de Caeté, na rodovia. Como já tínhamos conhecimento do local onde eles iam fazer a descarga, fomos até lá e conseguimos efetuar a prisão do grupo, em um galpão”, explicou o delegado Marcus Vinícius Lobo Leite, da 6ª Delegacia Especializada de Furtos, Roubos, Antissequestro e Organizações Criminosas/Cargas.

“Eles monitoravam o embarque das cargas, a montagem dos caminhões e a saída. Os suspeitos tinham uma divisão de tarefas onde alguns faziam a vigilância, outros faziam o levantamento das cargas que saía do Ceasa, uns abordavam os caminhões. Em Betim, a carga era fracionada e vendida aos receptadores.”, detalhou o delegado Ramon Sandoli, chefe do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (06).

Com os suspeitos, de 25, 26, 27, 36 e 47 anos, os investigadores apreenderam uma pistola calibre 380 e uma arma .40, rádios comunicadores nas frequências das polícias militar (PM) e rodoviária federal (PRF), além de dois coletes a prova de balas e placas de veículos que seriam usadas na ação criminosa.

Quadrilha dificultava rastreamento

Para evitar que a carga roubada fosse rastreada pelas empresas vítimas do crime, os suspeitos usavam um dispositivo que bloqueava o sinal do GPS do caminhão, conhecido como jammer.

“Eles utilizavam um jammer e isso inibia a ação da empresa de rastreamento de acompanhar a carga roubada. Pelas investigações, que já duram cinco meses, pelo menos mais sete roubos devem ter acontecido. Um prejuízo de R$500 mil a R$1 milhão”, disse Sandoli.

As investigações continuam para identificar os receptadores dos produtos roubados. Os suspeitos foram levados para o presídio de Caeté. Todos eles já tinham antecedentes criminais.

“Eles já tinham passagens por roubo, posse ilegal de arma de fogo, e responderão por roubo qualificado e associação criminosa. Podem pegar até 20 anos de prisão”, concluiu o delegado Marcus Vinícius Lobo Leite.

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