A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou na tarde desta quinta-feira (10) o resultado da operação Constantinopla.
O delegado do setor de inteligência de Betim Felipe Fonseca conta que a quadrilha adulterou documentos de mais de 100 veículos, movimentando mais de 10 milhões de reais. Os golpes eram aplicados em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Espírito Santo. Os alvos preferencias dos criminosos eram caminhões, caminhonetes e carros de alto padrão.
Para aplicar os golpes, o grupo invadiu os computadores de ao menos cinco das maiores montadoras do Brasil, roubando dados de veículos que ainda seriam fabricados. De posse destes números, eles falsificavam documentos de compra e venda de veículos que sequer exisitiam, ganhando tanto com golpes contra seguradoras quanto com a venda de financiamentos irregulares para vítimas.
Uma terceira forma de atuação da quadrilha é a adulteração dos números de identificação de carros previamente roubados. O grupo pegava os dados das montadoras e falsificavam documentos de acordo com o modelo dos veículos roubados, criando um registro falso e vendendo esses carros como se fossem zero quilômetro.
A ação cumpriu13 mandatos de busca e apreensão e cinco mandados de prisão em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Espírito Santo. Dois suspeitos foram presos em Minas, dois em São Paulo e um no Espírito Santo.
O delegado acredita que, com as novas informações obtidas com as prisões dos suspeitos, o número de golpes identificados vai aumentar. Outras montadoras também podem ter sido atacadas pelo grupo.