ONDA DE CRIMES

Quatro escolas são arrombadas na noite do feriado

Sindicato dos trabalhadores em educação denunciam vandalismos em mais unidades da rede municipal

Por JOANA SUAREZ
Publicado em 22 de abril de 2017 | 19:13
 
 
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Mais quatro escolas municipais foram arrombadas entre a noite do feriado de sexta-feira (21) e a madrugada deste sábado (22), em Belo Horizonte. A informação foi repassada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede-BH). No feriado da Semana Santa, outras seis escolas tinham sido alvo de vandalismo na capital. Isso vem ocorrendo com frequência nas unidades, que ficaram sem vigias noturnos e, desde o início do ano, possuem apenas sistema eletrônico de segurança.

Dessa vez, foram invadidas as escolas Salgado Filho e Frei Leopoldo, ambas no bairro Havaí, na região Oeste de BH, e escolas Aires da Mata Machado Olaria, no Vale do Jatobá, e Luiz Gatti, na região do Barreiro. A Polícia Miliar confirmou a ocorrência na unidade Frei Leopoldo informando que foram roubados aparelhos medidores de pressão e uma janela quebrada. Conforme o sindicato, na Luiz Gatti foram levadas carnes da cozinha.

A diretora de comunicação do Sindi-Rede, Jacinta Braga, disse que uma das hipóteses é que isso esteja acontecendo como forma de retaliação pela demissão de cerca de 600 vigias no fim do ano passado. “Eles ficaram desempregados e são da comunidade. Houve promessa do prefeito Alexandre Kalil de que ia readmitir e não fez, deu autonomia aos diretores para recontratar os vigias, mas não deu dinheiro, iria que demitir funcionários de outro setor, como da faxina, mas todos são necessários”, afirmou Jacinta.Segundo ela, as unidades da Parceria Público-Privada (PPP) continuam com os vigilantes noturnos porque a prefeitura não deixou demitir. "Mas nas outras o prejuízo vem sendo muito grande", completa a diretora.

As ações têm sido sempre à noite, para quebrar as escolas, roubar equipamentos, principalmente eletrônicos e da cozinha. A escola Nova Esperança, no Caiçara, região da Pampulha, chegou a ser arrombada quatro vezes. De acordo com a diretora do sindicato eles entram na primeira para ver o que tem e depois invadem de novo. Quando o vandalismo atinge a sala de aula, as crianças fica sem estudar. A reportagem não conseguiu contato com a Secretaria Municipal de Educação nem com o prefeito neste sábado. Na semana passada, a pasta havia informado que autorizou a contratação de 50 vigilantes, alocados nas escolas de acordo com o número de ocorrências.

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