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Restaurante Popular II é reaberto após dois anos de atraso nas obras

Com a reabertura do espaço, no bairro Santa Efigênia, número de refeições servidas na capital vai para uma média de 15 mil por dia nos quatro restaurantes

Por Isabela Meireles
Publicado em 30 de junho de 2016 | 14:16
 
 
 
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Com dois anos de atraso nas obras, o Restaurante Popular II Josué de Castro, na rua Ceará, no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul, voltou a funcionar nessa quinta-feira (30) com capacidade de produção de 4 mil refeições por dia.

O restaurante foi fechado em 2013 para ser reformado e desde então os prazos de término foram recalculados pelos menos três vezes. Inicialmente, a previsão era para reabertura no primeiro trimestre de 2014, depois para início de 2015 e por fim, maio de 2016, sendo reinaugurado apenas nesta quinta-feira (30).

Segundo o secretário municipal de segurança alimentar e nutricional, Marcelo Lana Franco, a demora para a finalização das obras aconteceu devido a saída da empresa responsável pela reforma do espaço. "Com isso, foi preciso abrir um novo edital. E todo esse processo licitatório é longo. Depois disso, a nova empresa contratada constatou que o planejamento inicial das obras precisava ser refeito, porque várias coisas não estavam previstas. O que prolongou ainda mais o tempo das obras", explicou o secretário.

Uma inspeção técnica avaliou que seria necessários alterações no planejamento referentes ao sistema de exaustão, as câmeras frias, o sistema elétrico e hidráulico. "Eram pontos que não estavam previstos inicialmente e durante as obras foi percebido que o problema era maior do que aparentado", afirma Franco.

A Secretaria Municipal de Segurança Alimentar esclareceu que a primeira empresa escolhida em 2013 não chegou a iniciar as obras, ficando a cargo apenas da segunda empresa licitada posteriormente.

Ao todo, Belo Horizonte tem quatro restaurantes populares nas regiões Centro, Centro-Sul, Venda Nova e Barreiro. O significa uma média de 15 mil refeições por dia. O Restaurante Popular I Herbert de Souza é o único dos três a servir três refeições por dia, como café da manhã, almoço e jantar. Os outros servem apenas o almoço.

Sem previsão para novas reformas

"Pelo menos nessa gestão, não temos previsão para novas reformas", afirma o secretário municipal de segurança alimentar e nutricional, Marcelo Lana Franco, sobre a possibilidade de obras de ampliação ou melhorias nos espaços.

A reforma do Restaurante Popular II custou cerca de R$ 3.700 milhões. Foram instalados elevador e plataforma de acessibilidade, a substituição do sistema de exaustão, das instalações hidráulicas e elétricas, a impermeabilização da cozinha e da área de higienização de bandejas, que receberam piso de uretano autonivelante, o recondicionamento das câmaras frigoríficas e a instalação de novos guarda-corpos, corrimãos e barras de apoio em aço inox nas instalações sanitárias acessíveis.

Revestimentos cerâmicos, piso em marmorite no térreo e recomposição do antigo piso do primeiro pavimento, também foram instalados, além de uma nova bancada de granito na bilheteria, as louças e os metais foram substituídos e, nos pilotis, foi aplicado forro de gesso. Foram substituídos os três monta-cargas e o sistema de aquecimento solar com apoio elétrico e a gás foi totalmente reformado. As bancadas passíveis de recuperação foram recondicionadas e novas bancadas de inox, instaladas. As áreas de despensa e controle ganharam forro de PVC, pintura e textura.

Fechamento temporário

No início desta semana, os restaurantes de Venda Nova e Barreiro ficaram fechados para a realização de um treinamento. Segundo o secretário municipal de segurança alimentar e nutricional, Marcelo Lana Franco, o curso foi executado para instruir os funcionários concursados que iniciaram os trabalhos. Cerca de 250 pessoas trabalham no restaurantes populares da capital mineira. Ainda de acordo com o secretário, o funcionamento em todos os espaços já foi retomado normalmente.


Refeitório da Câmara Municipal

Usado durante as obras de reforma do Restaurante Popular II, o refeitório da Câmara Municipal encerrou as atividades no último dia 24. Segundo Franco, as refeições eram servidas no local durante as obras no Restaurante Popular II.

"Nós produzíamos as refeições no restaurante do Barreiro e levávamos todos os dias para a Câmara. Agora, com a abertura do Restaurante Popular II, por ser próximo, não vai causar tanto prejuízo à população. Sem falar que não precisar transportar os alimentos de um local para o outro, diminuiu os riscos de contaminação", afirma o secretário.

No refeitório da Câmara Municipal, eram servidas cerca de 1.500 refeições por dia. Em contato com a reportagem de O Tempo, a assessoria da Câmara afirmou que oficialmente não há plano para reabertura do espaço.

Preços das refeições

• Café da manhã: R$ 0,75

• Almoço: R$ 3

• Jantar: R$ 1,50

Os beneficiários do Programa Bolsa Família têm desconto de 50% e as pessoas em situação de rua cadastradas não pagam.

Confira a relação dos restaurantes populares de Belo Horizonte:

• Restaurante Popular I - Herbert de Souza

Endereço: Avenida do Contorno, 11.484 – Centro

Horário de Funcionamento:

6h30 às 8h – café da manhã

10h30 às 14h – almoço

17h às 19h – jantar

• Restaurante Popular II - Josué de Castro

Rua Ceará, 490 – Santa Efigênia (região hospitalar)

Horário de Funcionamento:

10h30 às 14h – almoço

• Restaurante Popular III - Maria Regina Nabuco

Rua Padre Pedro Pinto, 2.277, Estação BHBus – Venda Nova

Horário de funcionamento:

11h às 14h – almoço

• Restaurante Popular IV - Dom Mauro Bastos

Rua Afonso Vaz de Melo, 1.001 – Barreiro

Horário de Funcionamento:

11h às 14h – almoço
 

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