Alerta

Rodízio de água em Juiz de Fora permanece por tempo indeterminado

Medida foi adotada pela administração do município em novembro de 2014 como uma ação preventiva depois que a seca histórica se abateu sobre a região

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 29 de janeiro de 2015 | 20:04
 
 
 
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O rodízio no abastecimento de água de Juiz de Fora, município da Zona da Mata Mineira, segue por tempo indeterminado, conforme anunciou o prefeito Bruno Siqueira na tarde desta quinta-feira (29). A medida foi adotada pela administração do município em novembro de 2014 como uma ação preventiva depois que a seca histórica se abateu sobre a região. A expectativa era que a medida ajudasse a restabelecer a situação, porém o longo período de estiagem voltou a baixar o nível dos mananciais que abastecem a cidade.

Bruno ainda lembrou que, se a adutora de Chapéu d´Uvas não tivesse sido inaugurada em agosto do ano passado, a situação do município seria ainda mais grave. “Atualmente, Chapéu d´Uvas contribui com uma oferta de água de 250 litros por segundo (l/s). A expectativa é de que, com a ampliação da Estação de Tratamento de Água Walfrido Machado Mendonça (ETA CDI), unidade que irá tratar a água do manancial, esse índice possa subir para 450 e, nos próximos anos, chegar a até 900 l/s. Com esse acréscimo significativo da contribuição de Chapéu d´Uvas em nosso sistema, esperamos preservar a Represa Dr. João Penido, que tem sido a mais afetada pela falta de chuvas, reduzindo sua atuação de 550 para 350 l/s”.

A previsão é de que o atual sistema de abastecimento da cidade, que hoje possui uma capacidade de 1.500 l/s, tenha potencial para tratar até 2.400 l/s nos próximos anos, índice equivalente ao de municípios com até um milhão de habitantes. “Diversas obras estão sendo realizadas, buscando essa meta, como a Subadutora de São Pedro. Além disso, em maio do ano passado inauguramos uma estação de bombeamento, ao lado do Parque de Exposições, que permite que a água seja distribuída com mais rapidez, o que é muito importante nas épocas de calor intenso, quando o consumo é mais elevado”, explicou Bruno.

Segundo o presidente da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama), André Borges de Souza, nos próximos dias serão ampliadas as campanhas de conscientização junto à população. “A ideia, neste momento, não é aplicar multas. Queremos primar pelo diálogo e difundir hábitos sustentáveis junto ao cidadão, visitando unidades de saúde e escolas, entre outros locais. Além disso, seguimos com diversas medidas internas, focadas no uso racional da água, nas administrações direta e indireta”.
 

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