Não vai sair do papel, pelo menos por enquanto, a regra que prevê reforço de motocicletas no atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em casos de acidente de trânsito na capital. Sancionada na última quarta-feira, a Lei 11.135, que institui o programa Motos que Salvam, da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), não poderá ser colocada em prática por falta de dinheiro, segundo Jackson Machado Pinto, secretário municipal de Saúde.
“Será feito, efetivamente, quando os recursos chegarem. E isso só Deus sabe (quando)”, comentou o secretário. De acordo com a PBH, a utilização de motocicletas por médicos do Samu vai proporcionar o socorro de vítimas de acidente de trânsito em tempo menor, enquanto a ambulância também é encaminhada ao local de atendimento.
Sem data prevista para começar a vigorar, o projeto preocupa o secretário municipal de saúde. “Acho que a gente teme que o socorrista vá se transformar em são corrido, né? Então, essa é uma preocupação que a gente tem. Esse pessoal tem que ser muito bem treinado”, argumenta o secretário.
E a preocupação não é em vão. Um levantamento feito pelo Samu aponta que neste ano, até o mês passado, 12.015 pessoas se acidentaram no trânsito. Desse total, mais da metade são vítimas de acidentes de moto (6.749).
Elaboração. Procurada pela reportagem, a PBH informou, em nota, que o projeto Motos que Salvam está em fase de elaboração pela Secretaria Municipal de Saúde e que a implantação depende de recursos financeiros e de treinamento de pessoal.
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