Sem diagnóstico fechado, as unidades de saúde têm apostado em múltiplos tratamentos para tentar reverter o quadro das vítimas da doença misteriosa que já atingiu ao menos oito pacientes em Minas. Até o momento, nenhuma das tentativas se mostrou totalmente eficaz, o que representa um enorme desafio para os profissionais de saúde que estão na linha de frente nessa luta pela vida das sete vítimas que permanecem hospitalizadas.
As informações são de Vinícius Sardão, médico nefrologista da Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde estava internado o bancário aposentado Paschoal Demartini Filho, 55. Segundo ele, assim que as três primeiras vítimas, incluindo a que morreu, foram notificadas, os hospitais que as acolheram começaram a padronizar os tratamentos. Mas ainda pairam muitas dúvidas sobre a doença.
“Não é um caso comum. A gente não sabe o que está acontecendo, e, por isso, estamos fazendo um tratamento de múltiplas terapias. E vamos fazendo vários exames para tentar achar o que tem provocado (o problema)”, conta o profissional.
Alerta
Em função de tantas dúvidas, a população deve ficar atenta, alertam os especialistas. “O ideal neste momento é observar as informações oficiais, e, ao apresentar dor abdominal, náusea, seguidas de quadro neurológico, a pessoa deve procurar um médico”, recomenda o infectologista Carlos Starling. Ele acredita que a investigação epidemiológica trará resultados rápidos. “A resposta tem que ser rápida para evitar pânico e insegurança”, diz.
Amostras
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) está realizando exames laboratoriais dos materiais coletados. Ainda não há resultados.