Ipatinga

Suspeitos de esquema de migração ilegal são alvos de operação em MG

Conforme as investigações da PF, estima-se que o esquema criminoso tenha lucrado mais de R$11,5 milhões

Por Raíssa Oliveira
Publicado em 11 de abril de 2024 | 09:19
 
 
 
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Suspeitos de envolvimento em um esquema criminoso de promoção de migração ilegal, com a utilização de falsidade documental e associação criminosa, que permitia entrada ilegal de brasileiros em país estrangeiro, foram alvos de operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (11 de abril). A ação cumpriu mandados em Belo Horizonte, Ipatinga e Sardoá.

De acordo com a PF, oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela Subseção Judiciária de Ipatinga, foram cumpridos nas residências e em endereço comercial dos envolvidos. Os mandados de busca visam obter novos elementos de prova que contribuam com os indícios já existentes da falsificação de documentos e da promoção de migração ilegal.

Conforme a PF, um dos alvos da investigação é conhecido pelos órgãos de segurança pública como um dos principais responsáveis pelo crime de facilitar a migração ilegal do Vale do Aço. Estima-se que a organização criminosa tenha remetido ao exterior ao menos 115 pessoas, incluindo crianças e adolescentes.

A suspeita é que a organização criminosa tenha utilizado a falsificação de documentos com o objetivo de formar famílias, facilitando assim a imigração ilegal. O dinheiro proveniente da atividade criminosa era investido em estabelecimentos comerciais na cidade de Ipatinga e em bens registrados muitas vezes em nomes de pessoas.

Lucro milionário 

Conforme as investigações da PF, estima-se que o esquema criminoso tenha lucrado mais de R$11,5 milhões. Os lucros alcançados eram utilizados para manter uma vida de luxo pela organização criminosa.

Na operação foram sequestrados imóveis e veículos de luxo, dispositivos eletrônicos, joias, munição, documentos e valores em espécie. Os investigados deverão responder pelos crimes de falsificação de documentos, promoção de migração ilegal e associação criminosa, cujas penas máximas somadas ultrapassam oito anos de reclusão.

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