Menos um espaço cultural

Teatro Klauss Vianna encerrará atividades em 30 de junho

Para manter atividades culturais no espaço, seria necessário uma reforma para a adequação de normas de segurança

Por TJMG
Publicado em 14 de abril de 2015 | 22:34
 
 
 
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A programação do Teatro Klauss Vianna no prédio da avenida Afonso Pena, na região central de Belo Horizonte, será encerrada no dia 30 de junho deste ano, conforme nota divulgada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A decisão foi confirmada nesta terça-feira (14) após o órgão anunciar que o local será reformado para receber os trabalhos do Tribunal.

Nesta terça, o presidente do TJMG, desembargador Pedro Bitencourt Marcondes, o diretor da Dengep,  Marcelo Junqueira, se reuniram com o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, para apresentar um estudo sobre o futuro do teatro. 

O relatório da viabilidade de manutenção do Klauss Vianna foi iniciado após uma reunião, em outubro de 2014, em que o TJMG recebeu representantes da classe artística para tratar do futuro do teatro. Foram analisados os recursos de segurança necessários para o funcionamento do local, as demandas internas do Tribunal pelo espaço e as necessidades operacionais para apresentações culturais abertas ao público.

Para a continuidade do funcionamento do teatro de forma independente, de acordo com as normas vigentes do Corpo de Bombeiros, seria necessária a destinação de uma grande área perto ao teatro para uso como rota de fuga e de retenção de pessoas. Conforme estudos do Tribunal, essa solução se mostra inviável para o órgão, uma vez que demandaria a cessão de espaço destinado à instalação dos plenários para julgamento das câmaras. O valor que seria gasto para realizar as reformas necessárias também foi levado em consideração. 

A opção do órgão foi utilizar o prédio, que foi escolhido devido as suas características arquitetônicas, além de ser um espaço capaz de abrigar suas atividades.

Mudanças no espaço

Os móveis do teatro serão retirados do local em junho. Em agosto, se iniciam as obras de adaptação e modernização do prédio para abrigar o Tribunal.

O órgão alegou que o corte de luz, de água, e a interdição de áreas, para a realização da obra, tornam inviáveis a manutenção das peças.

O próprio teatro terá seu leiaute modificado e será transformado em um auditório adaptado para abrigar as sessões do Órgão Especial e do Tribunal Pleno. Além disso, por questões de agenda e segurança, seria inviável realizar no mesmo local as duas atividades, sessões de julgamento e apresentações artísticas, pois existe todo um trabalho de preparação e bastidores, tanto de uma atividade como da outra, que ocorrem em momentos anteriores à própria sessão ou apresentação.

O auditório também será usado para a realização de seminários, cursos, encontros e demais atividades. Os três prédios que atualmente abrigam o TJMG (anexos 1 e 2 na rua Goiás e Unidade Raja Gabaglia) possuem três auditórios que funcionam com uma intensa agenda, demandada por vários setores. Dessa forma, com o atual ritmo de uso dos auditórios, tanto o TJ quanto a classe artística seriam prejudicados.

 

 

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