TJ retira acusação de homicídio, e membro da Galoucura preso por briga é solto

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio do 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, do Fórum Lafayette, julgou nesta terça-feira (13) um membro da organizada Galoucura por suspeita de tentativa de homicídio contra um homem da torcida rival Máfia Azul. A sessão começou por volta das 10h, e o júri decidiu que não houve “intuito homicida”. Com isso, a juíza responsável, Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, condenou o torcedor por lesão corporal, promoção de tumulto, prática e incitação à violência. 

“A pena por esses crimes foi de um ano, nove meses e 29 dias de reclusão e 13 dias-multa. No entanto, como o réu está preso desde 14/09/18, ou seja, há mais de dois anos, a juíza declarou a pena privativa de liberdade integralmente cumprida. O réu saiu solto do Fórum Lafayette”, diz o TJMG em nota. 

Conforme denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), cinco homens são acusados de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, crueldade e dificultar a defesa de vítima. O réu julgado nesta terça é o primeiro e, os demais, ainda responderão pelos crimes. 

O júri foi composto por três mulheres e quatro homens, segundo o TJMG. Na sessão, até agora, só a vítima e o réu foram ouvidos. “Duas testemunhas presentes foram dispensadas. Um vídeo da briga, obtido de uma câmera de segurança, foi exibido em plenário”, diz o tribunal em nota. 

As agressões ocorreram, de acordo com o MPMG, na tarde do 4 de março de 2018, entre a avenida Amazonas e a rua Cura Dars, em Belo Horizonte, após uma partida entre Atlético e Cruzeiro.

Os suspeitos agrediram as vítimas com “chutes, socos e pauladas” e “só não causaram a morte dela por circunstâncias alheias”, aponta a denúncia. O homem que pertence à Máfia Azul estava sozinho e desarmado.