Pandemia

Trabalhadores do Júlia Kubitschek fazem paralisação nesta segunda-feira

Categoria cobra EPIS, afastamento dos servidores do grupo de risco, representatividade e acesso a informações sobre profissionais de saúde contaminados pela Covid-19

Por Queila Ariadne
Publicado em 26 de abril de 2020 | 19:59
 
 
 
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Os trabalhadores do Júlia Kubitschek vão parar nesta segunda-feira. A paralisação será marcada por um protesto, das 8h às 14h, na porta do hospital. A categoria  cobra o afastamento imediato dos servidores do grupo de risco.

“Atualmente, os trabalhadores que estão conseguindo ser afastados estão usando seus direitos como férias prêmio, férias regulamentares, folgas compensativas ou então terão que pagar os dias depois. Isso não está certo, pois eles têm direito a serem afastados”, explica a diretora executiva do Sindicato Único do Trabalhadores da Saúde do Estado de Minas Gerais (Sindsaúde-MG), Neuza Freitas.

O sindicato chegou a entrar com uma ação contra a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), pedindo esses afastamentos, mas perdeu em primeira instância. “Estamos recorrendo”, destaca Neuza.

A  escassez e a má qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) também preocupam os trabalhadores. "Não são só médicos e enfermeiros que estão expostos. Tem o pessoal da limpeza, dos guichês, do ambulatório. O mínimo que a gente precisa são EPIs para nossa proteção e a gente não sabe se teremos acesso até o final dessa pandemia", comenta a auxiliar administrativo do Júlia Kubitschek, Mara Cristina de Morais.

Representatividade e informação

Outros pontos da pauta de reivindicações são ampliar a representatividade dos profissionais da saúde no comitê criado pelo Estado para enfrentar o novo coronavírus e a extensão da gratificação de emergência para todos os trabalhadores da área. “O comitê reúne representantes das mais variadas áreas e é essencial contar com pessoas da saúde. Já a gratificação de emergência foi aprovada apenas para médicos e entendemos que todos que trabalham na saúde têm o mesmo direito”, ressalta Neuza.

O Sindisaúde também está brigando pelo acesso às estatísticas de casos e mortes entre os servidores da saúde do Estado. “A gente pede, mas a Fhemig não fornece. É importante conhecermos esses números”, avalia Neuza.

O protesto desta segunda-feira (27), na porta do Júlia Kubitschek, é apenas um dos vários previstos. “Estamos fazendo assembleias nas unidades, separadamente, pois o momento não é para aglomerações”, afirma a diretora do Sindsaúde.

A manutenção do atendimento psiquiátrico no Galba Velloso também será discutida. O sindicato é contra a transformação dessa unidade em referência para internações de pacientes sem gravidade, porque defende a manutenção plena do atendimento psiquiátrico. Na terça-feira (28) será feita assembleia no hospital Raul Soares.

Fhemig rebate 

A Fhemig esclarece que a gratificação de emergência foi aprovada paras os médicos como uma forma de equiparar o salário desses profissionais em relação aos valores pagos pela rede privada, para garantir a ampliação dos leitos de atendimento à Covid-19, evitando a saída desses profissionais da rede pública e a contratação de novos.

A fundação justifica que o benefício não foi estendido a todos porque nos chamamentos emergenciais feitos para reforçar a equipe, com exceção dos médicos, em todas as demais categorias houve interessados e classificados superior às vagas existentes, uma vez que o salário da Fhemig nestas categorias é bem superior à maioria dos hospitais públicos e privados”, explica a nota.

Sobre o afastamento dos servidores do grupo de risco, a Fhemig ressalta que foram adotadas várias medidas para a estão e organização da sua força de trabalho para enfrentamento da pandemia: regime teletrabalho; afastamento de servidores por meio de concessão de férias, férias prêmio e utilização de folgas compensativas, revezamento, alteração de início e término de jornada de trabalho; remanejamento interno; atendimento e testes para os servidores com síndrome gripal, entre outras.

Em relação aos EPIs, a Fhemig destaca que vem recebendo entregas parceladas da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) e, até a presente data, não houve desabastecimento em nenhuma das unidades que compõe a rede.

Sobre a representatividade no Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em saúde da Covid-19, a Fhemig explica que atuam com i apoio do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES),  que inclui médicos e enfermeiros de hospitais da rede estadual de saúde.

A Fhemig esclarece que a gratificação de emergência foi aprovada paras os médicos como uma forma de equiparar o salário desses profissionais em relação aos valores pagos pela rede privada, para garantir a ampliação dos leitos de atendimento à Covid-19, evitando a saída desses profissionais da rede pública e a contratação de novos.

A fundação justifica que o benefício não foi estendido a todos porque nos chamamentos emergenciais feitos para reforçar a equipe, com exceção dos médicos, em todas as demais categorias houve interessados e classificados superior às vagas existentes, uma vez que o salário da Fhemig nestas categorias é bem superior à maioria dos hospitais públicos e privados”, explica a nota.

Sobre o afastamento dos servidores do grupo de risco, a Fhemig ressalta que foram adotadas várias medidas para a estão e organização da sua força de trabalho para enfrentamento da pandemia: regime teletrabalho; afastamento de servidores por meio de concessão de férias, férias prêmio e utilização de folgas compensativas, revezamento, alteração de início e término de jornada de trabalho; remanejamento interno; atendimento e testes para os servidores com síndrome gripal, entre outras.

Em relação aos EPIs, a Fhemig destaca que vem recebendo entregas parceladas da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) e, até a presente data, não houve desabastecimento em nenhuma das unidades que compõe a rede.

Sobre a representatividade no Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em saúde da Covid-19, a Fhemig explica que atuam com i apoio do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES),  que inclui médicos e enfermeiros de hospitais da rede estadual de saúde.

 

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