A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgou nesta sexta-feira (4) mudanças no "plano de retorno para atividades que não se adaptam ao modo remoto". Conforme nota publicada à comunidade acadêmica, as mudanças ocorrem devido ao "agravamento da pandemia no primeiro semestre de 2021".

Entre as atualizações introduzidas no Plano para o retorno presencial de atividades não adaptáveis ao modo remoto estão:

  • "novos parâmetros para avaliação das quatro etapas previstas (0 a 3)",
  • a "nova referência para avanço ou retrocesso entre as etapas",
  • a "recomendação para a ampliação da testagem (de discentes e docentes), com a incorporação dos contatos assintomáticos e a observância da capacidade dos laboratórios da Universidade" e
  • o reforço à adesão à plataforma "MonitoraCovid".

Confira o plano atualizado completo neste link

“O recrudescimento da pandemia resultou no colapso dos serviços de saúde e em um número absurdo de mortes, além do agrupamento da situação de vulnerabilidade social e econômica de milhões de brasileiros. Veio então a necessidade de aprimoramento do plano, de acordo com as evidências científicas que apareceram. Essa atualização vai ao encontro da necessidade cada vez maior de promover um ambiente mais seguro para a comunidade universitária”, afirma a professora da Faculdade de Medicina Cristina Alvim, coordenadora do Comitê de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG, no texto.

"A Universidade tem uma responsabilidade enorme por ser referência. Prezamos pela qualidade e pela segurança das pessoas, além de desejarmos que este plano sirva de inspiração para outras instituições. Optamos, nesta nova versão, por não fazer nenhuma previsão de data de retorno, visto que é impossível saber como o vírus vai se comportar. É importante darmos destaque ao ‘como’, e não ao ‘quando’”, argumenta a reitora Sandra Goulart.

Novos critérios

Enquanto a primeira versão do plano de retomada levava em consideração para mudança nas etapas de permissão de atividades presenciais o "o nível de alerta das cidades onde estão localizados os campi da Universidade" – Belo Horizonte e Montes Claros –, a nova inclui três parâmetros adicionais. 

São eles:

  • a situação do estado, identificada pela cor da onda do programa Minas Consciente,
  • o indicador epidemiológico da taxa de incidência de Covid-19 na cidade, que possibilita o acompanhamento da situação de risco de transmissão do vírus, e
  • o indicador de tendência de taxa de incidência, que possibilita estimar o crescimento do número de casos da doença


A instituição detalha como será a aplicação das novas regras: "Para sair da etapa 0 para a 1, será necessário que, ao menos um indicador da etapa 1, esteja estável há duas semanas para possibilitar o início de atividades presenciais levando em conta 20% de ocupação. Para avançar da etapa 1 para a 2, serão necessários que ao menos três indicadores desse novo estágio estejam prevalentes há pelo menos quatro semanas, com 40% de ocupação. Para galgar da etapa 2 para a 3, são necessários que os quatro indicadores da etapa 3 – a última na escala de retorno – estejam estáveis há pelo menos quatro semanas, sinalizando, portanto, baixo risco de transmissão", conclui o comunicado.