Última cidade sem coronavírus, Cedro do Abaeté, em MG, registra primeiros casos

Última cidade brasileira sem moradores diagnosticados com coronavírus, Cedro do Abaeté, na região Central de Minas Gerais, declarou ter registrado seus dois primeiros casos da doença – e o país não tem mais cidades imunes à pandemia.

A informação foi inserida no painel de monitoramento da Covid-19, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), nesse domingo (13) e, segundo revela o mapa, um dos casos é apontado como recuperado – significa que o paciente em questão cumpriu o período de isolamento e está há mais de três dias assintomático – e o outro, sob acompanhamento.

À terça-feira passada (8), o município esperava pelo retorno da contraprova feita em um morador classificado como caso suspeito. Entretanto, não se sabe ainda se ele está entre um dos dois casos registrados na cidade. À ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde alegou que não iria comunicar o resultado do teste inicial até que saísse a contraprova e, no dia seguinte, disse que também não responderia sobre o segundo exame feito.

Na quarta-feira (9), o prefeito da cidade, Luiz Antônio (DEM), disse à reportagem que o homem supostamente infectado era morador de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e, se fosse confirmado o diagnóstico de Covid-19, não seria considerado registro da doença em Cedro do Abaeté.

O município na região Central de Minas Gerais concentra população próxima de 1.157 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e até o aparecimento de dois casos nesse domingo, não tinha sequer um diagnóstico de morador infectado com o novo coronavírus. O feito garantiu à cidade a posição de único município no Brasil – agora, último – sem casos de Covid-19 em mais de nove meses de pandemia da doença em território nacional.

Painel da Secretaria de Estado de Saúde revela até o início da manhã desta segunda-feira (14) que são mais de 468 mil mineiros diagnosticados com coronavírus até então, estando mais de 57 mil deles em Belo Horizonte. Até então, a doença provocou 10.701 mortes em Minas Gerais.