Os hospitais particulares de Belo Horizonte ultrapassaram nesta quarta-feira (17) 100% de taxa de ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19. Com isso, a rede suplementar entrou em colapso, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo a prefeitura, dos 353 leitos, 102,8% estão sendo utilizados neste momento. É o maior nível desde o início da pandemia de coronavírus.
Contando a rede particular e a pública, os números também são alarmantes: a capital mineira chegou a 96,6% de ocupação em UTI para coronavírus, um novo recorde, que também beira o esgotamento sanitário. Desde a última segunda-feira (15), o indicador vem só crescendo.
Leia mais: Ocupação de leitos de UTI da Unimed-BH está em quase 100%
Apenas nos hospitais públicos, a taxa de ocupação está em 91,1%. Dos 393 leitos de UTI Covid-19, pouco mais de 30 estão vagos.
Com relação aos leitos de enfermaria exclusivos para a pandemia, a situação é um pouco mais confortável, mas, mesmo assim, é grave. Capital tem 79,3% de ocupação ao todo.
Dos 670 leitos de enfermaria nos hospitais particulares, cerca de 110 estão vagos (83,7%). Já nas unidades do Sistema Único de Saúde, as quais possuem 1.008 leitos do tipo, aproximadamente 770 são utilizadas por doentes atualmente – ocupação de 76,4%.
Outro índice que preocupa e que também está no patamar vermelho é o número médio de transmissão por infectado (Rt). De acordo com a prefeitura, nível está em 1,26, o que significa que, a cada 100 belo-horizontinos infectados com a Covid-19, outras 126 contraem doença. Há um dia, estava em 1,27.