Na região Nordeste de BH

Vazamento de 15 mil litros de óleo fecha rua no São Marcos

Empresa, que funcionaria de forma clandestina, foi alvo de fiscalização da Prefeitura por pelo menos seis vezes, que não encontrou qualquer irregularidade

Por Gustavo Lameira
Publicado em 17 de agosto de 2015 | 12:14
 
 
 
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O derramamento de 15 mil litros de óleo fechou uma rua no bairro São Marcos, região Nordeste de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (17).

De acordo com a denúncia, a responsável seria uma empresa que recolhe e armazena o produto de forma clandestina na rua Fernando Tristão de Oliveira. O depósito teria capacidade para até 45 mil litros.

Nessa manhã, os moradores foram surpreendidos com a via coberta de terra e fechada ao trânsito de veículos e pedestres. "Mais de 100 metros da rua estavam cobertos pelo óleo, que eu não sei se é vegetal ou combustível, que eles guardam no depósito. O produto deve ter vazado durante a noite, aí eles cobriram tudo com terra e interditaram a rua com tambores", denunciou o morador que prefere não ser identificado. A empresa não tem placa ou qualquer inscrição na porta. E, rotineiramente, caminhões seriam flagrados na porta do galpão.

A empresa foi denunciada diversas vezes pela atividade e nunca pega pela fiscalização. "Somente eu fiz duas denúncias. A fiscalização da prefeitura vem, mas sempre encontra o local fechado. Eles movimentam mais no fins de semana e à noite".

Ainda na manhã desta segunda (17), o morador que fez a denúncia deixou o trabalho e voltou ao endereço. "Quando cheguei lá, encontrei um cara que eles contrataram para limpar a rua. Ele me disse apenas que um tambor de 15 mil litros vazou durante a noite e que o depósito armazena pelo menos uns 45 mil litros de óleo combustível... A BHTrans também esteve lá", contou.

A BHTrans confirmou para nossa reportagem que esteve na rua Fernando Tristão de Oliveira, e que sinalizou o local. Os agentes de trânsito, no entanto, encontraram a via já liberada e com um responsável fazendo sua limpeza.

Fiscalização

De acordo com a Regional Nordeste, há o registro de seis denúncias contra a empresa, porém seus responsáveis ainda não foram notificados. A primeira fiscalização aconteceu em dezembro de 2013 e a última em 21 de julho deste ano.

Na maioria das visitas, o local teria sido encontrado fechado. Já nas vezes em que estava de portas abertas, não foi possível perceber a prática de qualquer atividade. Outros moradores também teriam dito aos fiscais que a empresa não funcionaria mais no endereço.

A administração prometeu uma nova fiscalização.  

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