Noroeste de Minas Gerais

Vistoria da aeronave que caiu venceria em dezembro

A queda do jatinho matou os quatro ocupantes da aeronave, sendo o piloto, o co-piloto, o presidente do Bradesco Seguros e o diretor do Bradesco Vida e Previdência; a aeronave era da empresa

Por Fernanda Viegas/ Débora Costa
Publicado em 11 de novembro de 2015 | 07:40
 
 
 
normal

Quatro pessoas morreram na queda de um jato Cessna Citation 7 (ou Citation VII)  em uma propriedade rural em Guarda-Mor (MG), perto da divisa com Goiás, na noite desta terça (10). Entre as vítimas, está Marco Antonio Rossi, 54, presidente da Bradesco Seguros e tido como um dos nomes que concorreriam à sucessão de Luiz Carlos Trabuco no comando do banco.

Os quatro ocupantes da aeronave morreram no acidente sendo eles Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, 55, diretor-geral da Bradesco Vida e Previdência e um dos principais executivos da seguradora, o comandante da aeronave Ivan Morenilla Vallim, que trabalhava na empresa há 33 anos e era considerado um piloto experiente, o co-piloto Francisco Henrique Tofoli Pinto, além de Marco Antônio. 

Segundo a Aeronáutica, o avião, de prefixo PT-WQH, decolou às 18h39 de Brasília com destino a São Paulo. O jatinho, de fabricação norte-americana, desapareceu dos radares às 19h04, horário em que caiu em Guarda-Mor. 

Seis militares do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já iniciaram as investigações para encontrar razões que levaram à queda da aeronave. Eles averiguam rota, meteorologia e fazem a coleta de peças da aeronave, além de conversar com testemunhas.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o jatinho estava em ordem, passou por vistoria em dezembro de 2014, e como a vistoria é válida por um ano, ela aconteceria novamente no próximo mês. 

De acordo com a FAB, o relatório final não tem data para ser concluído, já que isso depende de vários fatores que podem dificultar as investigações, como o estado da aeronave após a queda. Caso tenha indícios de crime, o caso será investigado pela Polícia Civil. Mas a principal hipótese é a de acidente. Neste caso, as investigações ficam com a Cenipa, que informou que não trabalha para encontrar culpados, mas para evitar que acidentes como este voltem a acontecer. 

Ainda conforme o registro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o avião pertencia ao banco Bradesco e tinha situação regular, com todas as licenças em dia. A capacidade para o jatinho executivo de médio porte era de até oito passageiros.

Os corpos já estão a caminho do IML e devem chegar a BH por volta de 20h, quando as famílias serão chamadas para fazer o reconhecimento. O Bradesco emitiu nota oficial, lamentando o acidente e dando apoio às famílias.

Perfil

No Bradesco havia 34 anos, Rossi era um dos executivos mais gabaritados para suceder Trabuco no comando do banco. O diretor-presidente do Bradesco fez 65 anos em outubro de 2016, idade-limite para o cargo, e deve se aposentar no início de 2017.

Rossi substituiu o próprio Trabuco no comando da seguradora em 2009, quando ele se tornou presidente do banco. A seguradora, a maior do Brasil, é responsável por um terço do lucro do Bradesco.

Formado em tecnologia e em marketing, Rossi também presidia a CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras) e foi presidente da Fenaprevi (Federação da Previdência Privada).

Além de diretor-geral da Bradesco Vida e Previdência, Oliveira era vice-presidente da Fenaprevi e um dos principais defensores da importância da previdência complementar ao INSS.

Lúcio Flávio, como era conhecido, também era cotado para suceder Rossi no comando da Bradesco Seguros.

Atualizada às 17h20. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!