Biossegurança

Xô, contaminação: mineiros criam máquinas de desinfecção de compras e bagagens

Dispositivos instalados em supermercados e aeroportos prometem matar o vírus da Covid-19 e evitar a infecção

Por Renata Evangelista
Publicado em 16 de março de 2021 | 18:59
 
 
 
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Higienizar compras, lavar sacolas e limpar bagagens virou rotina entre os brasileiros para evitar a contaminação pela Covid-19. Mas, a partir de agora, os cidadãos ganharam mais um reforço no combate à pandemia. Isso porque três mineiros desenvolveram máquinas que fazem esse trabalho. Se instaladas em supermercados e aeroportos, as engenhocas prometem desinfectar e matar o vírus com praticidade e segurança.
 
Um dos inventores das máquinas, o pesquisador de mecânica de fluídos e piloto Carlos Soares explicou que os equipamentos são abastecidos com uma substância sanitizante já atestada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "É só passar na esteira que os produtos saem totalmente higienizados", garantiu.
 
"A tecnologia, que é pioneira no mundo, minimiza os riscos e ajuda a salvar vidas", frisou. No total, são quatro equipamentos: dois responsáveis por desinfectar os carrinhos de supermercados e dos aeroportos, um que limpa as bagagens e outro que elimina o coronavírus das compras.
 
Este último é acoplado ao caixa do supermercado. "Assim, quando o produto é registrado pela funcionária, é colocado na máquina e a pessoa já o pega do outro lado com segurança para colocar na sacola", detalhou. "Os equipamentos borrifam a substância sanitizante em toda a superfície", atestou.
 
Apesar de ter sido criada em Belo Horizonte, por enquanto a tecnologia está em uso em um supermercado em Suzano, São Paulo. Além de negociar as engenhocas com outras redes varejistas, os inventores também tentam aprovar a implantação dos equipamentos nos aeroportos de Confins (Grande BH), Guarulhos (SP) e Brasília.
 

 

Representantes dos Estados Unidos, Argentina e Dubai já estariam interessados em comprar o projeto, revelou Carlos Soares.
 
Ideia
 
O protótipo das máquinas já estava pronto há dois anos. Contudo, somente depois que o piloto foi demitido, durante a pandemia, é que os três amigos se uniram para colocar a ideia em prática e criaram a empresa Market Clean. Depois de sete meses de pesquisas, as máquinas ficaram prontas.
 
O valor dos equipamentos não foi revelado, e Carlos Soares informou que as máquinas serão produzidas sob demanda. Ele destaca que, mesmo ao final da pandemia, elas serão úteis. "É um inimigo (o vírus) que já estava presente em nossa vida. E, se tiver chance de diminuir esse risco, é válido", disse.

 

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